Professores ignoram Justiça e deixam alunos sem aula até segunda
Grevistas prometeram acabar com greve neste quinta, mas não trabalham no jogo do Brasil e paralizam segunda
Mesmo após a decisão judicial que suspende a greve dos professores imediatamente, sob multa de R$ 50 mil por dia, caso a ACP (Sindicato Campo-Grandense dos Profissionais da Educação) não retome às atividades em sala, o sindicato decidiu manter a paralisação até esta quinta-feira (8) e aproveitar o jogo do brasil, na sexta-feira (9), para continuar as discussões. Até o momento 113 escolas aderiram a greve.
De acordo com o representante do sindicato Lucilio Souza Nobre, a maioria dos professores optou pelo fim da greve amanhã. "Nós vamos fazer um movimento hoje e amanhã e na segunda é paralisação. Vamos tentar falar com a prefeita hoje às 13h para fazer uma pressão para receber a categoria e comissão de vereadores”.
Caso a chefe municipal Adriane Lopes (Patriota) não atenda os professores e não entregue uma proposta, a classe se reunirá na manhã desta quinta-feira na Câmara Municipal. Entretanto, caso ela atenda e entregue a proposta, Lucílio evidenciou que os professores irão para uma nova assembleia para rediscutir.
Sem aulas - Com a decisão da classe, os alunos seguem sem aula nesta quarta-feira, quinta e na segunda-feira (12). “Pela Justiça a decisão era de que terminasse de imediato a greve, a assembleia decidiu que amanhã será o fim da greve. Hoje e amanhã não tem aula e sexta não tem por causa do jogo. Na segunda é paralisação. O desembargador entendeu que devemos apontar o quantitativo mínimo de professores trabalhando. Ainda não fizeram essa conta, mas 113 escolas aderiram a greve”, disse.
Decisão - Lucilio explicou que a ACP está formulando uma consideração para encaminhar à Justiça. “Espero que seja reconsiderado”. A expectativa é de que com o pedido o sindicato fique isento da multa diária, que com dois dias de paralisação ficaria em R$ 100 mil.
“Amanhã tem eleição para definir os diretores nas escolas municipais. Nós vamos fortalecer o movimento democrático, mas ao mesmo tempo vamos questionar os diretores, que por algum motivo não permitiram a participação dos professores", ressaltou.