Sem saber de paralisação, desavisados encontram portões fechados nas escolas
A situação é consequência da paralisação em defesa da educação, que ocorre em todo o País

Pais e alunos deram "de cara" com os portões fechados das escolas públicas na manhã desta quarta-feira (23). A situação é consequência da paralisação nacional que ocorre em defesa da educação.
RESUMO
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Pais e alunos enfrentaram portões fechados nas escolas públicas de Campo Grande devido à paralisação nacional em defesa da educação, nesta quarta-feira (23). Na Escola Estadual Joaquim Murtinho, todos os professores aderiram ao movimento, enquanto no Hércules Maymone, duas alunas tiveram que voltar para casa. A paralisação, organizada pela CNTE, também contou com a adesão da Fetems e ACP. A Semed informou que os pais foram avisados previamente e que a reposição das aulas será organizada conforme o calendário escolar. O Campo Grande News aguarda informações sobre a adesão das escolas ao movimento.
A Rede Municipal de Ensino é composta por 206 unidades escolas e 115 mil alunos. Já a Rede Estadual de Ensino, tem entorno de 40 mil estudantes só em Campo Grande.
Na Escola Estadual Joaquim Murtinho, todos os professores aderiram ao movimento. Apenas a secretaria permaneceu aberta. Um aluno, que esteve ausente na véspera e não foi avisado sobre a paralisação, foi até a escola e acabou tendo que voltar para a casa.
No Hércules Maymone, os portões estavam trancados e não havia ninguém do lado de fora. A equipe de reportagem encontrou duas alunas uniformizadas entrando no terminal para retornarem para casa.
Beatriz Moreno, de 14 anos, chegou à escola às 6h45 acompanhada da amiga Francine, de 13. "Ontem não vim à escola, então não fiquei sabendo. Hoje nós chegamos sem saber de nada, uma mulher de secretaria falou que ia ter essa paralisação nacional. Explicou que não vai ter aula por isso. Viemos mais cedo, de ônibus. Fazer o que, agora vamos voltar pra casa", disse Beatriz.
Na Escola Municipal Professora Oliva Enciso, havia um cartaz informando sobre a paralisação. Uma mulher, acompanhada de três crianças, chegou de carro, leu o aviso e foi embora.
O movimento é organizado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE). Em assembleias realizadas na manhã de terça-feira (22), a Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) e a ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) decidiram aderir à paralisação.
Está marcado às 9h, protesto na Avenida Afonso Pena em favor da 26ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública.
Serão discutidos temas sobre concurso público, cumprimento do piso nacional, fim da terceirização na educação, revogação da alíquota de 14% para aposentados, condições dignas de trabalho e sobre a saúde do professor.
A Semed (Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande) informou que "os pais e responsáveis foram previamente informados pelas unidades escolares sobre a paralisação. A reposição do dia letivo será organizada conforme o calendário escolar de cada unidade, garantindo o cumprimento da carga horária prevista por lei”.
O Campo Grande News entrou em contato com a Semed e com a SED (Secretaria Estadual de Educação) para saber quantas escolas aderiram ao movimento e aguarda retorno.
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