Em meio à crise, hospital demite gestor contratado para encontrar solução
A diretoria da Santa Casa de Campo Grande demitiu o superintendente Roberto Madid na quinta-feira (27). O presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), Wilson Teslenco, afirma que houve divergências com relação à forma de administrar o hospital.
Segundo ele, o gestor deve voltar para São Paulo, de onde saiu em novembro do ano passado para assumir o cargo na Capital. “Com isso, abre-se um novo processo de seleção, da mesma forma como Madid foi contratado, para um novo superintendente”, pontua Teslenco.
Por enquanto, a diretora de operações Claudenice Valente deve assumir interinamente o posto até que um novo profissional assine o contrato com o maior hospital de Mato Grosso do Sul.
Crise – Madid foi um dos profissionais captados pelo hospital paulista Albert Einstein e assumiu o posto com o objetivo de atingir o equilíbrio entre receitas e despesas, além de aumentar a autonomia da entidade. Para depender menos do poder público em obras e equipamentos, a solução encontrada por ele foi aumentar o faturamento do atendimento de pacientes particulares e por planos de saúde.
A intenção era fazer sobrar verbas e conseguir atender a todas as demandas estruturais. A reforma do ProntoMed era vista como uma dessas medidas estratégicas.
Sob a gestão de Madid, a Santa Casa também voltou a respirar depois de passar por graves problemas financeiros em 2014, com dívidas que chegaram a passar dos R$ 40 milhões. As contas foram pagas com empréstimos viabilizados pelo poder público.
Ele também participou das negociações que elevaram os repasses municipais para R$ 3 milhões no fim de 2014, mas sai sem ver o desfecho do entrave para fazer o valor chegar a R$ 4 milhões necessários para bancar todo o atendimento pelo SUS.