Em menos de 20 dias, covid matou 4 motoristas de aplicativo na Capital
Representante da categoria acredita que número de mortes pode ser maior
Entre os meses de março e abril, Campo Grande registrou quatro mortes de motoristas de aplicativo por covid-19, com diferença de apenas 18 dias entre os óbitos. Mas para representante da categoria o número pode ser ainda maior, já que existem motoristas que não estão em nenhum grupo de conversas ou fazem parte de associações.
A primeira morte foi registrada no dia 24 de março, um motorista identificado apenas como Jorge “Carioca”, depois Leomar Chagas não resistiu à doença e morreu no dia 3 de abril. Uiara Silva Pires, foi a terceira morte da categoria pela doença no dia 6 de abril e no dia 11 de abril foi a vez de Moisés Palhano Nogueira.
No entanto, de acordo com Alfredo Machado, 35 anos, um dos representantes da categoria, pode ser que o número de mortes seja maior.
“É possível que tenha muito mais mortes de motoristas que não participavam de nenhum grupo. Esses que temos conhecimentos são os que estavam em grupos”, declarou.
Para a categoria, que trabalha com transporte de pessoas, as mortes poderiam ser evitadas se os motoristas já tivessem sido vacinados, e segundo Alfredo apesar de existir previsão de inclusão dos motoristas profissionais para imunização contra covid-19, a portaria ainda não foi regulamentada e eles seguem aguardando.
“A lei que estabelece os critérios para a vacinação já inclui o motorista profissional como critério de prioridade e nós somos motoristas profissionais, só não estamos na programação ainda. Não existe ainda regulamentação de portaria que determina quando seremos imunizados. Estamos esperando essa decisão”, explicou Alfredo.