Em novo júri, réu é absolvido de envolvimento na morte de adolescente
Leandro Alves do Nascimento chegou a ser condenado a 2 anos em regime aberto em julho de 2022
Três anos após ser condenado por envolvimento na morte do adolescente Wando Maximino Nunes, o auxiliar de serviços gerais Leandro Alves do Nascimento, 31 , sentou no banco dos réus novamente nesta sexta-feira (7), e acabou sendo absolvido da acusação de ocultação do cadáver do garoto executado com tiro na cabeça aos 17 anos na madrugada de 23 de setembro de 2018.
RESUMO
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Em novo julgamento, Leandro Alves do Nascimento foi absolvido da acusação de ocultação de cadáver de Wando Maximino Nunes, morto em 2018. Anteriormente condenado a dois anos e seis meses, Leandro foi considerado coagido a ajudar no crime, o que levou à sua absolvição. O caso envolveu também Alex Alexandre Marques Moreno, que confessou o crime, e Lindomar Moreira dos Santos, absolvido anteriormente. O corpo de Wando foi encontrado em um córrego em Campo Grande, após ser morto com um tiro na cabeça. A promotoria e a defesa concordaram que Leandro agiu sob ameaça, resultando na decisão do júri.
O corpo de Wando foi encontrado naquele mesmo dia, de bruços, no leito do Córrego Lageado, próximo da BR-163, na área rural de Campo Grande. Leandro passou por julgamento em julho de 2022, junto com Lindomar Moreira dos Santos e Alex Alexandre Marques Moreno. Na ocasião, ele foi sentenciado a dois anos e seis meses em regime aberto.
Lindomar foi absolvido e Alex foi condenado a 21 anos de prisão pelo homicídio do adolescente. A sentença de Leandro foi apenas pela ocultação do cadáver do garoto, mas ele recorreu da pena e novo julgamento foi marcado para esta sexta.
Durante a sessão a promotora de Justiça Luciana do Amaral Rabelo requereu a absolvição do réu alegando Leandro foi coagido ajudar Alex a esconder o corpo de Wando. O defensor público Rodrigo Antonio Stochiero Silva sustentou a mesma tese e acrescentou naquele momento, o homem não tinha alternativa, pois colocaria sua vida em risco.
Com isso, o Conselho de Sentença, por maioria de votos, acolheu a tese e absolveu Leandro.
O caso - Na denúncia apresentada pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul), Wando estava com grupo de amigos na Rua Reverendo Martin Luther King, no Jardim Campo Alto, em Campo Grande: Lindomar Moreira dos Santos, 26 anos, Leandro Alves do Nascimento, 28 anos, e Luiz Junior Flores da Silva, o “Bruxo”, 39 anos.
Consta que Alex Macedo se aproximou, de carro, e atirou para o alto. Desceu e foi até o grupo, questionando: “Quem que tá pagando de ferro para mim aí?”, ou seja, quem estava armado. Todos negaram e disseram que o respeitavam. Alex mandou que eles levantassem a camisa e aí viu, no cós da bermuda de Wando uma pistola. Era simulacro, ou arma de brinquedo. Alex chamou o adolescente para um canto e disse que queria “trocar uma ideia” e chegou a retirar o carregador da própria pistola. Porém, em seguida, quando o garoto estava de costas, carrego a pistola e atirou na cabeça de Wando. Depois, sob ameaça, mandou que o corpo fosse retirado do local.
Por videoconferência, Alex admitiu o crime, mas disse que o disparo foi acidental. Após matar o adolescente, diz que foi embora. Na denúncia do MPMS, consta que ele teria obrigado os outros três a levar o cadáver para lugar ermo. Lindomar e Leandro Alves participaram da sessão de julgamento presencialmente. Já Luiz Junior Flores da Silva, também acusado pelo mesmo crime de ocultação, teve o processo desmembrado.
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