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Capital

Em saída de bar, cinco são atropelados em avenida famosa por excessos

Ângela Kempfer e Marcos Moura | 16/04/2017 11:07
Moradores reclamam de bebedeira e velocidade na Avenida dos Cafezais.
Moradores reclamam de bebedeira e velocidade na Avenida dos Cafezais.

Por volta de 5h20 da manhã deste domingo, 5 pessoas foram atropeladas por um veículo quando estavam em ponto de ônibus na Avenida dos Cafezais, no Jardim Bálsamo. As vítimas foram atendidas pelo Samu, mas não correm risco de morrer. Com o impacto, a estaca de madeira que marca o ponto de ônibus acabou partida ao meio.

O ponto fica em frente ao Bar do Sérgio e, segundo o proprietário, tudo ocorreu tão rápido que ninguém conseguiu ver o modelo do carro envolvido no acidente. “Tinha 3 pessoas no ponto e outras duas ainda estavam aqui no bar. Já estava recolhendo as mesas, ouvi o barulho e quando olhei, 3 pessoas já estavam no chão, mas conscientes”, conta o comerciante que só se identificou com José Sérgio, de 44 anos.

Com o impacto, a estaca de madeira que marca o ponto de ônibus acabou partida ao meio.
Com o impacto, a estaca de madeira que marca o ponto de ônibus acabou partida ao meio.

Segundo ele, é comum o excesso de velocidade nas manhãs de domingo na Avenida dos Cafezais. “O povo bebe muito. Essa hora é a hora que todo mundo tá saindo dos bares e das tabacarias daqui”, comenta.

Há câmeras de segurança no posto de combustíveis que fica perto do ponto de ônibus, mas os funcionários garantiram que os equipamentos estavam desligados na madrugada de hoje.

Tatiane Rodrigues, de 31 anos, tem uma loja de calçados a cerca de 100 metros do local do acidente. “Não é novidade nenhuma isso. Já socorri gente que bateu o carro na porta da minha loja. Muitos ficam na feira aqui do bairro e, quando acaba, se aglomeram nos bares e bebem todas”, reforça.

Ela diz que os comerciantes já cobraram a instalação de redutores de velocidade na avenida, mas até hoje “a prefeitura não fez nada”, reclama.

Aos 18 anos, Erica Cristaldo é atendente em outra loja da região e confirma as informações de Tatiane. “É a reclamação de todos os comerciantes. O movimento nas tabacarias é grande. O povo bebe e vai dirigir. Não tem segurança e sai muita briga também ali. Na sexta, teve um morto”, lembra Erica.

O assassinado citado por ele aconteceu no dia 14 de abril, quando um jovem de 23 anos foi morto a tiros, às 4h, em frente a tabacaria na Avenida dos Cafezais.

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