Em "tropa", 30 motoristas de aplicativo prendem estelionatário em casa
O golpista tem 13 passagens pela polícia, já foi condenado por estelionato e responde a outros quatro processos
Grupo com cerca de 30 motoristas de aplicativo se reuniu e prendeu por volta das 20h de ontem (14) o estelionatário Ricardo Mário Mattos de Oliveira, 46 anos, numa casa na região da Avenida Presidente Vargas, perto da Praça do Papa, em Campo Grande. O suspeito se passava por despachante ou funcionário de uma concessionária e aplicou golpe em pelo menos dois profissionais da categoria.
Segundo testemunha de 25 anos que foi ao local, uma das vítimas já havia ido nesse endereço falar com o suspeito antes de cair no golpe. Depois que houve relato de mais um condutor sobre o caso envolvendo o mesmo homem, o grupo resolveu se unir para "prender" Ricardo. Em um dos golpes, apontado pela testemunha, Ricardo desapareceu com R$ 800 e uma Yamaha Fazer.
"Ele não queria ir com a gente, mas mesmo assim o colocamos dentro do carro e fomos para a delegacia", disse. Ricardo é suspeito de cometer pelo menos sete golpes nos últimos meses. Levado à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro, o golpista ficou preso por força de mandado de prisão em aberto em razão de uma condenação de 2 anos e 150 dias multa. Ele foi condenado em junho do ano passado por crime de estelionato registrado em outubro de 2015.
Na ocasião, Ricardo formalizou contrato de prestação de serviço com uma mulher em que se comprometia a apurar e a pagar os débitos dela com a prefeitura. Depois de um tempo, ele apresentou documento de quitação de R$ 28 mil, mas que era falso. A sentença foi proferida pela 6ª vara criminal.
Fichado por vários crimes, Ricardo tem 13 passagens pela polícia por estelionato, apropriação indébita, violência doméstica, falsidade ideológica, associação criminosa, documento falso, calúnia, injúria, ameaça e vias de fato. O estelionatário também responde a três processos no Tribunal de Justiça que estão em andamento. Ainda há uma quarto processo que está suspenso e aguardava a prisão dele.
Em outro processo, consta que, em fevereiro de 2015 o autor pediu o automóvel VW Gol emprestado a uma mulher para levar sua mãe ao hospital. Sensibilizada com a situação, a vítima emprestou, porém o acusado nunca mais devolveu o veículo. Ao ir atrás de informações, foi informada de que o carro havia sido vendido a um garagista.