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Capital

Empresa desiste de obra e revitalização da Gunter Hans volta à estaca zero

Licitação previa também corredor de ônibus, mas obra de R$ 11,4 milhões parou e agora depende de novo edital

Por Alison Silva e Geniffer Valeriano | 08/12/2023 16:08
Trecho em obras próximo à Avenida Gunter Huns (Foto: Paulo Francis)
Trecho em obras próximo à Avenida Gunter Huns (Foto: Paulo Francis)

A Prefeitura de Campo Grande espera formalizar nos próximos dias a rescisão de contrato com a Engepar Engenharia e Participações Ltda, empresa responsável pela revitalização da Avenida Gunter Hans e pela implantação do Corredor Sudoeste, trecho exclusivo para tráfego de ônibus que começa na Avenida Marechal Deodoro, com ligação entre o Terminal Aero Rancho e o Terminal Bandeirantes.

São 1.116 dias, cerca de três anos e dois meses, desde o início da revitalização.

As obras previam melhorias nos trechos da Gunter Hans, entre as ruas Eduardo Contar e Túlio Alves Quito, e Avenida Marechal Deodoro, entre as ruas do Sul e Panambi Vera, onde deveriam ser instalados pontos de ônibus centrais, a exemplo dos corredores de ônibus na Rua Rui Barbosa e Brilhante. O processo licitatório foi publicado no Diogrande (Diário Municipal de Campo Grande) no dia 29 de setembro de 2020, com orçamento de R$ 11,4 milhões.

Para a comerciante Ana Rabelo, 50 anos, desde o início das obras, o que mais se viu na região foi o aumento do número de acidentes. “Não mudou nada, só complicou a vida de quem passa por aqui. Não vejo nenhuma movimentação de pessoas trabalhando, aumentaram os acidentes e o movimento de clientes diminuiu”, disse ela, que há 10 anos vende garapa na região.

Eslaine lima, 50 anos, também acha que novos pontos só atrapalham o andamento do trânsito. “Não acho que seria algo melhor, mas se tivessem concluído a gente veria alguma coisa”, falou.

Maria Aparecida reclama da bagunça na região. Segundo ela, mesmo nas áreas já construídas, as pessoas que dependem do transporte público não conseguem se proteger do sol ou da chuva. ”Sem terminar a obra vira um 'elefante branco'", a área conta com bastante lixo e algumas placas quebradas.

Já o professor Marcelo Iccolli, 45, comenta que o fluxo de veículos piorou em algumas ruas. “As ruas paralelas têm mais movimento, e por isso, temos congestionamento nos horários de pico”.

Ao Campo Grande News, a Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos) disse que a Engepar Engenharia e Participações Ltda comunicou que vai rescindir o contrato, mas que o procedimento não foi formalizado. “A empresa alegou que não tem interesse em continuar executando a obra. Só após o encerramento desse contrato é que se poderá dar início à preparação de nova licitação”, disse a prefeitura.

Mas o processo não deve ser rápido. “Para a formalização da rescisão é preciso ver o que foi executado do previsto no contrato tanto do ponto de vista do projeto executivo quanto do financeiro. Concluído esse processo, é formalizada a rescisão dando publicidade a isso. Depois começa a preparação para a nova licitação”, disse a prefeitura.

A pasta disse que a empresa receberá de acordo com o que já foi executado, pois "legalmente, enquanto o contrato estiver em vigor recebe pelos serviços executados", entretanto, todas as obras são feitas medições para atualização das planilhas, finalizou.

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