Engenheiro agrônomo carbonizado é sepultado 6 dias após crime
Os restos mortais do engenheiro agrônomo Sebastião Mauro Fenerich, 69 anos, encontrado morto carbonizado no porta-malas de um Hyndai HB20, no fim da tarde de segunda-feira (dia 10), em Campo Grande, serão sepultados às 16h deste domingo (16), no cemitério Parque das Primaveras, em Campo Grande. A família optou por não fazer velório.
Havia a preocupação de a liberação do corpo demorar em razão do estado em que ficou. Em casos assim, uma das alternativas é fazer teste de DNA para comprovar a identidade da vítima. Os testes de DNA estavam parados há mais de 5 meses no IALF (Instituto de Análises Laboratoriais Forenses) por falta de material, que chegou na última semana.
No caso do engenheiro agrônomo, porém, a informação apurada é que a identificação teria sido feita pelo dentista, usando a arcada dentária, segundo informou o titular da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), José Carlos Barbosa. “Existem vários critérios para identificação, que pode ser pela digital e arcada dentária. Exame de DNA é feito quando não há outra forma para o reconhecimento”, explica.
Na quarta-feira (12), o filho de Sebastião prestou depoimento na DEH (Delegacia Especializada de Homicídios), mas não quis falar falar com a imprensa sobre o assunto. O corpo foi encontrado carbonizado, na rua Missão Salesiana, no Jardim Seminário, na região norte da cidade.
Testemunha de 65 anos contou que viu quando dois homens, um deles em uma caminhonete, desceram dos veículos e atearam fogo no veículo. Na casa da vítima, além dos cheques, os peritos colheram impressões digitais e encontraram duas armas. O imóvel estava revirado. O corpo foi encontrado na mesma região onde foi desovado o cadáver do ex-vereador Alceu Bueno, que também foi carbonizado pelos criminosos, em setembro do ano passado.
Agiotagem - A Polícia Civil trabalha com a possibilidade de que a vítima atuava como agiota, pela quantidade de cheques de terceiros encontrados na casa dela, em diversos valores. As suspeitas do crime recaem, então, sobre algum cliente ou parceiro nas negociações irregulares de empréstimo. Uma das grandes questões da investigação é o fato de os cheques terem ficado intactos na casa, expondo os possíveis clientes.