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Capital

Entregar obras ao Exército reduz custo em 25%, mas depende da Caixa

Flávio Paes | 30/12/2015 21:27
Projeto prevê recapeamento da Avenida Bandeirantes (Foto:Arquivo)
Projeto prevê recapeamento da Avenida Bandeirantes (Foto:Arquivo)

A proposta de entregar ao Exército o recapeamento de vias que formam o corredor sudoeste do transporte coletivo, que ainda depende do aval do alto comando em Brasília e da própria Caixa Econômica Federal, pode garantir uma economia de R$ 6,5 milhões, que corresponde a 25% do valor orçado só no recapeamento do trajeto do corredor. O prazo de execução, no entanto, tende a ser maior.

A previsão inicial é que o recapeamento custaria R$ 26 milhões, enquanto os militares se comprometeram a fazer o serviço por R$ 19,5 milhões. Ao invés de 12 meses, a previsão é terminar o serviço em 16 meses.

Segundo engenheiros da Secretaria Municipal de Infraestrutura, esta diferença de custo é possível atingir porque, ao contrário de uma empreiteira, que embute um custo operacional e margem de lucro equivalente a 26% do orçamento total, o Exército terá um custo médio de 16%, muito em função de não ter custos com a contratação de pessoal e locação de máquinas.

Embora o prefeito, Alcides Bernal (PP), tenha anunciado a parceria como um fato consumado, há uma série de questões técnicas a serem resolvidas. Dificilmente o Batalhão de Engenharia do Exercito sediado no Estado terá estrutura de equipamentos para executar 12 quilômetros de recapeamento das ruas Guia Lopes, Brilhante, Marechal Deodoro e Bandeirantes. Uma das possibilidades, caso os militares não possam fazer o serviço diretamente, é que sejam responsáveis fiscalização.

Corredor -Além do recapeamento, o projeto inclui também a implantação de um sistema semafórico, estações de embarque e desembarque, além da reforma dos terminais Bandeirantes e Aero Rancho. O projeto todo está orçado em R$ 31,7 milhões.

Na primeira tentativa de licitação, o corredor foi dividido em quatro lotes. O primeiro deles abrangia um trecho da Rua Guia Lopes, entre a Avenida Afonso Pena e a Rua Brilhante. O segundo lote começava na Brilhante (prolongamento da Guia Lopes) e chegava ao trevo do Imbirussu (atravessando um trecho da Rua Marechal Deodoro).

O terceiro lote começava na Avenida  Marechal Deodoro/Gunter Hans (nos dois sentidos) e seguia até o Terminal Aero Rancho. A última etapa é exatamente a Avenida Bandeirantes(do trevo Imbirussu) até Avenida Afonso Pena seguindo até o Shopping Campo Grande. São 21,1 quilômetros, mas o trecho onde haverá intervenção (recapeamento) compreende 11,54 km,porque a Afonso Pena teve o pavimento recuperado há dois anos.

O investimento previsto é de R$ 31.770.219,77, abrangendo recapeamento (R$ 26.120.489,76), além do custo com a construção das estações de embarque e desembarque, além de toda a sinalização vertical e horizontal, com sistema de semaforização sincronizado. O trecho que teve ordem de serviço assinada (em maio), na Rua Guia Lopes, um trecho de 570 metros, foi orçado em R$ 700.734,66 e havia previsão de que ficasse pronto em 90 dias.

Rua Brilhante, outra via do Corredor Sudoeste (Foto:Arquivo)
Rua Brilhante, outra via do Corredor Sudoeste (Foto:Arquivo)
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