Envolvido em assassinato de homem espancado é preso 14 anos depois
Crime aconteceu em janeiro de 2010 e outros três acusados foram absolvidos por insuficiência de provas
Alcides Cabreira Nunes, 49 anos foi preso nesta terça-feira (5) por envolvimento no assassinato de Valdeir de Souza Nascimento, conhecido como “Nei” ou “Neizinho”. O crime, segundo o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) aconteceu na madrugada de 25 de janeiro de 2010 no Bairro Aero Rancho, em Campo Grande e outros três homens foram denunciados. O gari estava com mandado de prisão preventiva expedido pela 2ª Vara do Tribunal do Júri.
Valdeir foi encontrado morto na manhã daquele dia na Rua Monsenhor Sarrion. O corpo da vítima estava com marcas de espancamento e corte. A investigação apontou que ele foi assassinado após agredir a mãe de sua ex-companheira no dia anterior, além de ameaçar a mulher. Deixando os familiares da vítima muito irritados. O homem ainda foi até a casa de um dos assassinos e quebrou diversos pertences do acusado.
Conforme o boletim de ocorrência registrado na época, equipe da Polícia Civil esteve no local onde a vítima foi encontrada morta. Valdeir estava caído de barriga para cima e parte da jaqueta que vestia cobria seu rosto. Policiais militares preservavam a área do crime e um morador informou que chegou a ouvir latidos de cachorros por volta das 00h30 daquele dia.
Três dias antes, a ex-companheira de Valdeir havia registrado boletim de ocorrência porque o homem ameaçou sua mãe. O caso passou a ser investigado pela DHPP (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio e de Proteção à Pessoa) e os suspeitos foram identificados e indiciados pelo crime.
Os quatro homens foram denunciados por homicídio qualificado por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima em 2014. Três deles foram impronunciados dois anos depois pelo juiz Alexandre Tsuyoshi Ito por insuficiência de provas. Mas o MP entrou com recurso dias depois, que foi negado pelos desembargadores da 2ª Câmara Criminal de Campo Grande no ano seguinte.
Alcides continuou acusado pelo assassinato e estava com o mandado de prisão valido até agosto de 2034. A ordem judicial foi cumprida por equipe da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol nesta terça-feira. O homem ainda não foi julgado.
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