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Capital

Erosão no Nova Lima aumenta dois metros e derruba calçada de imóvel

Wendell Reis e Viviane Oliveira | 31/10/2011 12:43
Erosão avança e ameaça casas na rua Marquês de Herval(Foto: João Garrigó)
Erosão avança e ameaça casas na rua Marquês de Herval(Foto: João Garrigó)

O secretário Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação, João Antônio De Marco, esteve na manhã desta segunda-feira (31) na rua Marquês de Herval, no bairro Nova Lima, para avaliar os estragos após a chuva do final de semana. Durante a visita o secretário definiu estratégias para o controle da erosão no local.

A chuva do fim de semana aumentou a preocupação dos moradores, que ficaram assustados com o aumento de dois metros da erosão registrados da manhã de ontem (30), quando o Campo Grande News esteve no local, para a manhã desta segunda. O último desmoronamento engoliu a calçada de um imóvel em construção e o buraco avança em direção as casas. O secretário garantiu que as obras devem começar a tarde, nas ruas de cima, com o objetivo de evitar que a água chegue até o local. Entretanto, o trabalho deve ser provisório, tendo em vista que a prefeitura ainda aguarda R$ 5 milhões do Governo Federal.

A secretaria de Obras ainda deve fazer a recomposição do aterro e do asfalto, para poder liberar o trânsito. A expectativa é de que as obras sejam concluídas em 15 dias, caso a chuva colabore. Entretanto, não há garantia de que a obra provisória vai resolver o problema e evitar novos desmoronamentos.

A Prefeitura deve utilizar apenas maquinários próprios, para evitar gastos maiores, uma vez que, a obra é provisória. De Marco confidenciou que o prefeito está em Brasília e já falou da situação do local. Nesta segunda-feira (1º) a prefeitura deve enviar uma foto do problema para a Defesa Civil Nacional, revelando o tamanho do problema. O secretário não descarta a possibilidade da construção ser engolida caso ocorra outra chuva forte.

Moradores reclamam de descaso e dizem que já esperavam pelo novo desmoronamento(Foto:João Garrigó)
Moradores reclamam de descaso e dizem que já esperavam pelo novo desmoronamento(Foto:João Garrigó)

Geraldo Mariano, 65 anos, reside na rua Marquês de Herval , mas no bairro Campo Belo. Ele analisa que o problema é motivado por um descaso, tendo em vista que toda vez que chove a sujeira de todo o bairro, incluindo o cascalho da prefeitura, desce para o local, entupindo bocas de lobo. Assim, quando ocorre uma chuva mais forte, a terra não suporta a força da chuva e acontece a erosão.

Cleuza Cristina Vieira da Silva, 38 anos, mora em uma casa na rua atrás da erosão. Ela reside em uma vila com outras quatro casas e está assustada. A moradora relatou que o terreno próximo ao muro de sua residência também está afundando. Desta maneira, como mora de aluguel, a moradora já está pensando em buscar outra casa.

Diferente de Cleuza, Elizete Bacron ferreira, 44 anos, conta que não tem para onde ir caso a sua residência fique comprometida. Ela relata que saiu de casa para trabalhar às 5 horas da manhã de ontem (30) e estava tudo normal, mas quando voltou encontrou a rua aberta. Porém, o espanto não foi maior porque todos já esperavam um novo desmoronamento.

Os moradores também reclamam do aterro próximo ao buraco, que consideram um lixão. Entretanto, De Marco revela que o mesmo é autorizado pela Semadur (Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) e não é destinado a resíduos sólidos e sim entulhos, o que contribui para o controle da erosão.

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