“Eu matei, matei e enterrei”, diz Pedreiro Assassino, em novo júri na Capital
Cléber está preso desde 15 de maio de 2020, quando confessou que matava as vítimas e enterrava os corpos
“Cara problemático. Não tô falando pra me safar. Eu matei, matei e enterrei. Estou aqui para responder pelos meu atos”, disse Cléber de Souza Carvalho, de 45 anos, ao confessar perante o juiz Carlos Alberto Garcete o assassinato do primo, Flávio Pereira Cecé, 34 anos. O “Pedreiro Assassino”, como ficou conhecido, é julgado desde as 8h desta terça-feira (22), na 1ª Vara do Tribunal do Júri, em Campo Grande.
Flávio foi morto a pauladas em 2015, durante discussão causada pela medição de terreno, na Vila Planalto, que pertencia aos dois. Ao falar sobre o primo, Cléber disse que Flávio desde moleque era rebelde. “Tudo com ele era na porrada. Metido a ser bandido.”
Segundo o pedreiro, a propriedade pertencia aos pais dele e quando o pai morreu, Flávio passou a bater no peito e dizer que o terreno era dele. No dia do crime, Cléber contou que discutiu “forte” com Flávio.
Neste momento, ele começou a chorar e narrou: “Aí, já joguei na cara que ele era safado, vagabundo. Ele disse: não sou safado, sou bandido. Eu falei: você é um estuprador”. A família de Cléber acusa a vítima de ter estuprado a filha de Cléber, quando a menina tinha 7 anos. O pedreiro disse ainda que só foi para cima do primo após ele agredir a sua mãe.
“Peguei um caibro ou uma ripa e fui para cima dele com medo. Sentei a paulada nele e ele já caiu tremendo. Isso tudo aconteceu porque eu falei que ele era um estuprador. Por isso, ele veio para cima de mim. Golpeei ele de frente. Eu que abri o buraco e enterrei o corpo dele. Nem passou pela minha cabeça chamar a polícia”, disse. Durante o inquérito policial, Cléber afirmou que havia matado o primo por causa do terreno. Hoje, ele disse que foi em razão do estupro ocorrido contra a sua filha.
Após ser morto a pauladas por Cléber, Flávio teve o corpo enterrado no terreno onde houve a discussão. Os restos mortais foram encontrados anos depois, após indicação do próprio assassino, que, ao todo, responde por sete homicídios.
O resultado desse julgamento deve sair no fim da tarde. Cléber está preso desde 15 de maio de 2020, quando confessou que matava as vítimas e enterrava os corpos. O primeiro caso a vir à tona foi o de José Leonel. A partir deste caso, o pedreiro confessou ter matado mais 6 pessoas e, inclusive, indicou o local onde elas estavam enterradas.
Até agora, ele já foi condenado a 33 anos de prisão, sendo 15 anos no 1º júri pela morte de Roberto Geraldo Clariano, o “Cenoura”, e 18 anos no 2º júri pela morte de Timóteo Pontes Roman, 62 anos.