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Capital

Ex-PM é acusado de integrar quadrilha de mascarados que roubou R$ 100 mil

Antonio Marques | 01/06/2015 16:27
A Polícia Cívil está na busca do ex-policial militar Samuel de Melo Farias, terceiro acusado de participar do roubo a uma residência no Jardim Tijuca (Foto: Divulgação/Derf)
A Polícia Cívil está na busca do ex-policial militar Samuel de Melo Farias, terceiro acusado de participar do roubo a uma residência no Jardim Tijuca (Foto: Divulgação/Derf)
Juninho da Tinta foi preso no mês passado por roubo (Foto: Divulgação)
Juninho da Tinta foi preso no mês passado por roubo (Foto: Divulgação)

A Polícia Cívil está na captura do ex-policial militar Samuel de Melo Farias, terceiro acusado de participar do roubo a uma residência, no Jardim Tijuca, na madrugada do dia 15 de março, em Campo Grande. Ele faz parte de uma quadrilha de mascarados, que tem integrantes de São Paulo. Dois envolvidos no crime já estão no presídio de Campo Grande. Conforme o delegado Luiz Alberto Ojeda, titular da Derf (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos), os três levaram cerca de R$ 100 mil em dinheiro e joias da vítima.

No boletim de ocorrência foi relatado que o filho do dono do imóvel chegava em casa e, ao abrir o portão para entrar com o veículo, foi abordado por quatro pessoas, armadas e usando máscaras. O rapaz foi rendido ainda fora da residência e entrou com os bandidos, que renderam as outras vítimas e pediram para levá-los ao cofre. O tempo todo fizeram ameaças aos moradores e reviraram. Teriam levados R$ 15 mil em dinheiro e joias, avaliadas em R$ 85 mil.

Imediatamente após tomar conhecimento dos fatos, os policiais iniciaram as investigações e puderam constatar pela dinâmica do crime e o “modus operandi” dos autores que se tratava de uma quadrilha organizada, pois agiram de luvas e mascaras para que não fossem identificados e presos, alem de terem informações privilegiadas da residência e também da rotina das vitimas.

Através de investigações, a Derf apurou que o crime foi praticado por sete indivíduos, sendo três de Campo Grande e quatro do estado de São Paulo. Samuel Farias, segundo os policiais, foi a pessoa que planejou o crime e, juntamente com um suspeito de SP, um tal “Roque ou Tio”, monitoraram a vítima até minutos antes da prática do roubo.

De acordo com Luiz Ojeda, a partir daí os investigadores conseguiram prender Rafael Correa da Silva, 21 anos, no início de abril; e Marcílio de Souza Junior, 35 anos, no último dia 20 de maio. O policial disse que há mais quatro suspeitos já identificados. Dois deles seriam moradores do estado de São Paulo.

O delegado disse que o fato de uma das vítimas suspeitar das atitudes de um dos acusados e de ter observado que estava sendo seguido por tal pessoa nas “baladas noturnas” foi essencial para os investigadores prenderem dois e estarem em busca do terceiro envolvido, o ex-policial militar, que já respondeu judicialmente por furto qualificado e peculato (desvio de bem público no uso do cargo), motivo que teria gerado sua expulsão da corporação.

Conforme a Polícia Civil, Samuel Farias conhecia a rotina da família, pois era conhecido do filho do dono da residência. Ele teria comunicado aos comparsas que esperavam, próximo à casa, a chegada do rapaz. Os dois presos também teriam passagens na polícia por outros crimes. Agora vão responder por roubo e associação criminosa.

Os dois presos também relataram que no dia seguinte da pratica do assalto todos os autores, exceto o ex-policial, foram para a cidade de São Paulo, onde venderam as jóias roubadas e dividiram o dinheiro, sendo que a parte de Samuel Farias, foi o autor “Roque ou Tio” quem ficou encarregado de repassar, conforme a Derf.

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