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Capital

Executado por dupla ao sair da Gameleira cumpria pena por roubos

Homem foi abordado em ônibus, tentou correr de atiradores, mas foi morto com quatro tiros

Dayene Paz | 13/01/2023 12:10
Perícia, polícia e funerária retirando o corpo de Everton. (Foto: Henrique Kawaminami)
Perícia, polícia e funerária retirando o corpo de Everton. (Foto: Henrique Kawaminami)

Everton Silva dos Santos, de 33 anos, morto a tiros por dupla de moto, na manhã desta sexta-feira (13), ao sair do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira, em Campo Grande, cumpria pena por série de roubos. Ele era conhecido como "Curandeiro Indião". A Polícia Civil ainda apura a motivação do crime e busca pelos atiradores.

Processo no TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) descreve que em novembro de 2014, na Vila Sobrinho, Everton e o comparsa roubaram um carro Ford Fiesta e utilizaram para cometer roubos. Armados, chegaram a render um policial civil que estava com carro estacionado, levando carteira, relógio, celulares e tênis.

Também invadiram uma residência na mesma data, no Bairro Serradinho, onde mantiveram família refém e levaram eletrônicos. Em abril de 2016, consta outro processo de roubo. Desta vez, ele e outro comparsa, de moto, abordaram um casal na rua e levaram pertences.

Bombeiros fazendo buscas à arma em época que Everton caiu com carro em córrego. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)
Bombeiros fazendo buscas à arma em época que Everton caiu com carro em córrego. (Foto: Arquivo/Campo Grande News)

Algumas horas mais tarde, a dupla acabou presa por terem atirado em um policial civil e se envolvido em um acidente de moto, tendo caído no córrego na Avenida Ernesto Geisel.

Crime - O delegado Daniel Luz explicou que na manhã desta sexta-feira o motorista estava cumprindo o trajeto do Centro Penal Agroindustrial da Gameleira até a área urbana da Capital, onde cerca de 30 detentos do regime semiaberto cumpririam expediente de trabalho.

Na BR-262, a um quilômetro do presídio, o motorista foi interceptado por uma dupla de moto. "Falaram para ele parar e abrir a porta. Ele abriu, meteu a mão na cabeça e não viu mais nada, só ouviu dois disparos", confirma Luz. A vítima conseguiu correr naquele momento sem ser atingida, mas foi perseguida pelos atiradores e morta em uma vala, às margens da rodovia, com quatro tiros.

Daniel disse que dois tiros acertaram as costas, um o cotovelo e outro o braço da vítima. "No local foram achadas três cápsulas, duas de 380 e uma de 9 milímetros", revelou. Ou seja, os dois homens estavam armados. Eles fugiram na moto que, segundo testemunhas, estava sem placa.

Após os tiros, alguns presidiários correram e outros permaneceram no ônibus. O motorista andou poucos metros e parou no acostamento para evitar acidentes.

Segundo Daniel, quatro câmeras de segurança do ônibus podem ter filmado a ação. A polícia ainda não tem informações sobre a motivação do crime, mas não descarta que tenha ligação com o histórico criminal da vítima.

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