Falta de sinalização e alta velocidade fazem de via "corredor de acidentes"
Na colisão entre dois veículos, um deles subiu calçada e atingiu muro; testemunhas relatam que toda semana tem acidentes
Colisão entre dois carros tumultuou trânsito e resultou em danos no muro de um estabelecimento de pecuária, no fim da manhã, no trecho da Rua Prof. Luís Alexandre de Oliveira e Via Parque, em Campo Grande. Moradores e funcionários das empresas próximas reclamam da falta de sinalização e excesso de velocidade dos motoristas.
Na colisão de hoje, o condutor de um Voyage trafegava no sentido centro-bairro e tentou fazer o contorno na Via Parque, mas acabou sendo atingido por outro veículo, Audi, que seguia no sentido bairro-centro.
Com impacto da colisão, o Voyage foi lançado na calçada e atingiu o muro, portão e parte da cerca elétrica de uma pecuária. Os condutores não quiseram conversar com a reportagem. Eles não sofreram ferimentos, mas os carros sofreram avarias.
A auxiliar administrativa Daniana Kemmerich, 23 anos, trabalha no estabelecimento e diz que são comuns acidentes no trecho. Em outubro de 2018, encaminhou requerimento à prefeitura de Campo Grande pedindo a instalação de redutores de velocidades e sinalização. “Quando ligo para saber como está, falam que está em análise e, até agora, nada foi feito”.
No local, não faltam histórias de acidentes ocorridos na via, entre a Rua Antônio Maria Coelho e Avenida Afonso Pena. Testemunhas relataram que, no trecho, não há qualquer sinalização ou redutor de velocidade e este contorno é dificultado pela falta de visão do condutor e pela alta velocidade usada de alguns motoristas.
“A sorte que hoje não tinha ninguém por perto”, avaliou a auxiliar administrativa Kamila Dantas, 26 anos, lembrando que o acidente aconteceu na hora do almoço dos funcionários e poderia ter tido consequências piores.
A três metros dessa colisão, há marca de “X” no chão, que seria relacionado a acidente entre caminhão e moto, ocorrido há poucos dias.
“Toda semana tem acidente aqui”, disse o corretor Fernando Wilson, 58 anos. Ele disse que costuma estacionar justamente onde o Voyage parou e, hoje, não tinha vaga quando chegou. Há 20 dias, disse que um amigo bateu o carro em que estava em circunstâncias semelhantes ao do ocorrido hoje e teve perda total do veículo.
A reportagem entrou em contato com a prefeitura sobre projeto de instalação de redutores de velocidade ou sinalização e aguarda retorno.