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Capital

Família de pedreiro morto vai contratar advogado para auxiliar na acusação

Hoje durante o velório do filho, o chacareiro Ilso Rodrigues Nascimento, 58 anos, disse que a família vai se unir para buscar justiça

Viviane Oliveira e Mirian Machado | 25/09/2017 09:48
Pai diz que a família vai contratar um advogado para auxiliar na acusação (Foto: Marina Pacheco)
Pai diz que a família vai contratar um advogado para auxiliar na acusação (Foto: Marina Pacheco)
Adilson foi morto com tiro no peito disparo pelo agente penitenciário federal (Foto: reprodução/Facebook)
Adilson foi morto com tiro no peito disparo pelo agente penitenciário federal (Foto: reprodução/Facebook)

A família de Adílson Silva Ferreira dos Santos, 23 anos, morto com tiro no peito disparado por um agente penitenciário federal na madrugada de ontem (24), vai contratar advogado para auxiliar na acusação. O crime aconteceu no camarote do show de Henrique e Juliano, realizado no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês.

Hoje durante o velório do filho, o chacareiro Ilso Rodrigues Nascimento, 58 anos, disse que a família vai se unir para buscar justiça. “Meu filho era muito apegado com os parentes. Ele vivia a melhor fase da vida dele. Estava bem empregado, tinha planos para o futuro e negociava a compra de um carro novo”, lamenta.

O pai confirma que houve luta entre o filho e o agente penitenciário. “Houve um desentendimento. Adílson foi defender o primo de 18 anos. O agente fez vários cursos. É uma pessoa instruída e deveria ter se defendido de outra forma. Não precisava ter tirado a vida de um ser humano. A gente não espera isso, de que um dia seu filho vai morrer assassinado por uma briga banal”, desabafa. 

Inconformado com a morte do primo, o técnico em telecomunicação Anderson Maidana, 28 anos, um dos que estava com a vítima no show, contou que Adílson fez questão de ficar no camarote por ser mais tranquilo. “Ele não gostava de confusão. Era uma pessoa muito boa e estava curtindo a vida agora”. O corpo de Adílson foi sepultado nesta manhã, no cemitério Jardim da Paz.

Caso - O agente penitenciário federal Joseilton de Souza Cardoso, 34 anos, que matou o pedreiro está em estágio probatório. Ele foi preso em flagrante por homicídio e levado para uma das celas da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do Centro.

Amigos do agente penitenciário apresentam uma versão totalmente diferente da família de Adílson. Segundo colegas de Souza, Adílson teria dado um tapa no rosto do agente, que caiu no chão e foi agredido pelos amigos do pedreiro. Para se defender, Souza atirou uma vez só. 

Já a família da vítima afirma que Adílson encontrou o homem embriagado, passando mal e escorado na porta do banheiro químico. Ao tentar ajudá-lo, foi empurrado e baleado com tiro no peito. O fato é que o corpo caiu no pé da escada que dá acesso ao camarote. Pessoas que estavam no local dizem que o agente chegou a apontar a arma para outras pessoas que presenciaram a cena.

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