Família protesta contra morte de empresário, que iria se casar este ano
Com autor foragido, os familiares do comerciante Rodrigo José Rech, 31 anos, assassinado no dia 24 de março pelo policial civil aposentado Carlos Roberto Cerqueira, 56, fizeram um protesto na tarde de hoje (4), em frente ao local do homicídio, para pedir justiça. Rodrigo iria se casar neste ano e já estava com a casa quase pronta.
Segurando uma rosa vermelha, a noiva de Rodrigo, Isabelly Rezende, 27, disse que a flor simboliza o amor que tem pelo noivo. “Eu não consigo acreditar, parece que eu vou acordar a qualquer momento. Ele era tudo para mim, era tudo, tudo...”, contou enquanto olhava para a rosa e secava as lágrimas.
Ela relatou que o namoro já durava 11 anos e o casamento já estava marcado para o fim de 2014. “Nossa casa já estava sendo terminada para podermos casar”, comentou.
Os amigos e familiares de Rodrigo a todo o momento gritavam pedindo justiça e pelo fim da impunidade. “Queremos que ele não fique impune, que a justiça seja feita. Ele não matou somente Rodrigo, mas toda a família”, assegurou o irmão da vítima, Roberto José Rech, 28.
Foram 120 camisetas, em homenagem a Rodrigo, distribuídas para as pessoas que foram até o protesto. “Ele era amigo de todo mundo, era uma pessoa bem tranquila, um ótimo filho. A primeira vez que ele pisou em uma delegacia, foi depois de conhecer o policial”, afirmou a mãe do comerciante, Sirlei Vieira Rech, 61.
Mas, de acordo com os familiares, essa não é a primeira vítima do policial civil aposentado Carlos Roberto. “Este já é a terceira pessoa que ele mata. Nada justifica ele ter feito isso com o Rodrigo e com qualquer pessoa”, acrescentou Sirlei.
Antes de ser assassinado, Rodrigo chegou a prever a morte. “Um tempo antes de morrer, ele foi até a minha casa e me falou que o vizinho iria matá-lo”, contou a tia da vítima, Luciane Isabel Vieira, 43.
“Ele era um ótimo menino, eu o tratava como seu fosse um filho”, completou Luciane.
Eles disseram que Rodrigo chegou a ir cerca de três vezes na semana na delegacia, para denunciar o policial, mas nunca chegaram a ajudá-lo. “Ele caçoavam da gente e não faziam nada”, afirmou a mãe da vítima.
“Nada vai trazer ele de volta. Meus sonhos se perderam, arrancaram um pedaço de mim”, expôs Isabelly.