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Capital

Familiares e amigos da jovem agredida por namorado protestam e pedem punição

Luciana Brazil e Viviane Oliveira | 07/01/2014 11:50
Protesto tímido reúne amigos, desconhecidos e familiares de Giovanna. (Foto:Cleber Gellio)
Protesto tímido reúne amigos, desconhecidos e familiares de Giovanna. (Foto:Cleber Gellio)

Familiares e amigos da jovem Giovana Nantes Tresse de Oliveira, 18 anos, espancada pelo namorado na virada do ano, protestaram na manhã de hoje (7), na Avenida Afonso Pena, em frente ao Paço Municipal, pedindo justiça e punição ao agressor.

A “Caminhada pela Paz”, como foi intitulado o protesto na rede social, teve mais de 300 compartilhamentos e mais de 200 confirmações. Porém, o movimento era tímido no horário marcado; apenas tio e primo estavam no ponto de encontro. Em seguida, mais alguns amigos e familiares chegavam para pedir justiça.

O tio, Leandro Roberto de Oliveira, 40 anos, estava indignado com a situação da sobrinha. “Não estamos aqui para julgar ninguém, mas para pedir que a justiça seja feita. Se ele for o autor da agressão que ele pague por isso”, disse.

Segundo ele, a família está em choque e passando por um grande constrangimento. “É um absurdo o que foi feito com a minha sobrinha”.

A intenção, conforme familiares, é alertar também para a violência contra as mulheres.

Giovanna passou por uma cirurgia, onde teria colocado um pino no rosto, segundo o primo, Alan Andrade de Oliveira, 17 anos. “Estou indignado porque o Matheus não compareceu à delegacia, dizendo que está abalado psicologicamente com a repercussão que o caso ganhou”.

Tio e primo da Giovanna produziam cartazes para protesto.
Tio e primo da Giovanna produziam cartazes para protesto.

Alan confirmou que o casal discutia frequentemente. “Montei esse evento no Facebook, para protestar contra a agressão da Giovanna, mas também pelas pessoas que sofreram ou sofrem algum tipo de agressão, usando Giovanna como exemplo”.

Giovanna foi espancada pelo namorado Matheus George Tannous, 19 anos, na virada do ano. Ela foi internada na Santa Casa com diversas fraturas no rosto. O ciúme do relacionamento entre Giovanna e o primo teria motivado Matheus a cometer a agressão.

Apoio- A filha da professora Zilca Fernandes Marques, morta a facadas pelo ex-marido, em agosto do ano passado, em Campo Grande, foi ao protesto para alertar sobre o perigo da falta de punição.

Segundo Miriam Priscilla Fernandes dos Santos, 20 anos, o companheiro da mãe, que foi condenado por homicídio triplamente qualificado depois do crime, já tinha passagem por violência doméstica.

“Se esse rapaz (Matheus) não for punido hoje, no futuro ele pode matar uma mulher”, disse ela se referindo ao namorado de Giovanna.

Filha e mãe de Zilca relembra a tragédia da família.
Filha e mãe de Zilca relembra a tragédia da família.

Mesmo sem conhecer Giovanna, ele fez questão de ir. “A dor da família é a nossa também”.

A avó de Miriam, Eny Scobar Fernandes, aproveitou para clamar por justiça. “Nós precisamos de força e união para combater este tipo de crime”.

O casal Lenir Silva, 51 anos e Germano da Silva, 56 anos, além de apoiar o protesto ainda criticou as poucas pessoas na manifestação.

“É muito fácil compartilhar no Facebook, mas na hora de vir, mostrar a cara e protestar por uma causa justa nas pessoas não vêem.Cadê o apoio das pessoas? Essa é a oportunidade de pedir por nossos direitos”, disse Lenir.

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