Famílias da zona rural da Capital ganham regularização após 30 anos de espera
Em evento, prefeitura entregou títulos para 55 famílias na manhã de hoje
Na manhã deste sábado (20), a Prefeitura de Campo Grande entregou títulos de regularização fundiária para 55 famílias que moram na Chácara das Mansões, zona rural da Capital, cuja espera pela documentação somava 30 anos.
Agora, os moradores pagarão uma mensalidade referente a 10% do salário mínimo vigente, por até 300 meses sobre o valor da área regularizada. Baseado na lei n. 13465, em vigor desde 2017, a documentação facilita o financiamento para executar melhorias nas habitações e garante acesso a todos os serviços públicos do município.
“Estou comovido e satisfeito com o que ouvi aqui. Costumo dizer que é uma vitória muito grande para os moradores. É um projeto muito bem elaborado, sobre ser dono e ter garantia da terra”, relatou o presidente da Associação de Moradores da Chácara das Mansões, Gilmar Mendes.
Uma das moradoras mais antigas do bairro, Ozana dos Santos, esperava a regularização há mais de 30 anos. “Estou muito feliz. É uma vitória. Uma conquista muito grande, um sonho realizado. Esperei muito tempo por isso, me mudei para cá quando estava grávida de cinco meses e hoje meu filho tem 31 anos de idade”, ressaltou.
O motorista Alan Ribeiro e sua esposa, a cuidadora Josefa Vania da Silva, se mudaram há cerca de três anos para o local e já foram surpreendidos com a documentação.
“A partir de agora, vamos morar em um local que é escriturado em nosso nome. Independente de frio ou chuva, nós estaríamos aqui do mesmo jeito. Saber que o imóvel está em nosso nome é mais tranquilizante”, apontou Ribeiro.
João Pereira dos Santos trabalha como encanador e mora no local há cinco anos. “Estou muito feliz. Gostaríamos muito que saísse esse documento. Tendo ele, temos a garantia que posso deixar, no futuro, o meu imóvel para os meus três filhos”, afirmou.
“Essa é a realização de um sonho para essas famílias que ocupam irregularmente essas áreas há muito tempo. Elas vão sair da ilegalidade e se tornar proprietários das suas moradias. Avançamos muito nos últimos anos na regularização”, relatou Maria Helena Bughi, diretora-presidente da Amhasf.