Ferida a garrafadas pelo ex, mulher morre após três meses internada
Devido a gravidade das agressões, vítima teve lesão neurológica e chegou a perder a fala.
Venuzina de Fátima Mendes Leite, de 44 anos, faleceu na manhã deste sábado (20) na Santa Casa de Campo Grande vítima de feminicídio. A vítima estava internada há três meses, quando foi agredida a garrafadas e socos pelo ex namorado Nílson Castro Siqueira, 35 anos, que permanece preso.
Sem dar detalhes, a Santa Casa de Campo Grande confirmou o óbito nesta manhã. A última informação sobre o estado de saúde da mulher constava que ela havia perdido a fala devido às agressões em dezembro do ano passado quando teve uma lesão neurológica, traumatismo craniano após ser espancada no Bairro Mata do Jacinto. Ela ficou um longo período na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), depois foi para enfermaria.
Venuzina, tinha medida protetiva e já havia registrado três boletins de ocorrência contra Nilson. Ambos estavam separados há oito meses quando ocorreu o crime, mas ele não aceitava o fim do relacionamento.
Em um dos boletins de ocorrência registrados, em agosto de 2019, a mulher chegou a apresentar print de mensagem na delegacia onde o ex a ameaça. “Se você não falar comigo, vai ser pior. Você que sabe. Vai sofrer por causa deles”, escreveu.
Conforme a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), 2020 fechou com 11 casos de feminicídio. Com a morte de Venuzina, passam a ser 12. Na maioria dos casos, foram homens não aceitaram o fim do relacionamento.
Crime- No dia do crime (19 de dezembro), ela voltava para casa com uma amiga, quando foi abordada pelo autor na Rua Etelvina do Nascimento. A vítima foi agredida pelo ex a garrafadas, socos e chutes.
As agressões só cessaram quando a amiga se jogou em cima do homem e o filho dela apareceu com uma barra de ferro. O autor fugiu, mas foi preso horas depois pela Deam. Ele foi enquadrado em tentativa de feminicídio, que agora passa a ser tratada como caso consumido, que vai para júri popular.
A vítima desmaiou e foi socorrida ainda desacordada pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).