Festa para São Cristóvão reúne 250 caminhoneiros de todo o país
A 4ª Festa de São Cristovão, o padroeiro dos motoristas, reuniu mais de 250 caminhoneiros de todas as regiões do país, no posto Caravágio, nesta manhã. A missa no local e a quermesse que acontecerá no Autódromo Internacional de Campo Grande, em seguida, reúnem ainda motociclistas e outros amantes da estrada.
Mais do que um evento religioso, o momento é de descanso e reflexão. O caminhoneiro Gilberto Sousa Fulop, 23 anos, que transporta grãos para o Norte e Sudeste do país, aproveitou a folga e levou os familiares para o evento. “Isso mostra que a nossa profissão não é só estresse, tem coisas boas também”, disse o Gilberto ao citar o desrespeito de condutores na estarda e o tempo longe de casa, que aborrece os motoristas.
A iniciativa da Paróquia Santa Rita de Cássia, busca aproximar os caminhoneiros católicos da igreja e evangelizar. “Existe uma preocupação com o setor da mobilidade, tanto os caminhoneiros como ciganos, profissionais de turismo, pois são pessoas ficam muito solitárias, então precisamos possibilitar esse momento para ficaram mais perto de Deus e longe das drogas, da prostituição e outros perigos”, afirmou o bispo.
Caminhoneiro aposentado há seis anos, Hermes Parisoto, 60 anos, se lembra das vezes em que teve oportunidades de participar de missas na estrada, durante as viagens. “Eventos assim são importantes para qualquer religioso, porque é difícil para o caminhoneiro ir à igreja e o padre sempre trás uma palavra boa”, disse.
Segundo a ministra Valci Almeida Lobato, 45 anos, a cada edição a festa reúne cada vez mais participantes. “É um momento em que a igreja acolhe também quem não é católico. Eles sempre acabam sendo tocados com a palavra”, conta a ministra.
A festa conta com o apoio da loja de acessórios Maninho e do posto Caravágio. “É um meio para os caminhoneiros entrarem em contato com Deus, à maneira deles. Para nós é uma iniciativa de solidariedade, pois é uma profissão em que os perigos são constantes”, afirmou o gerente do posto, Ceumir Nogueira.
Com o fim da solenidade os participantes seguem para o Autódromo Internacional de Campo Grande. No caminho, o arcebispo e o padre Jocerlei Tavares darão a benção com água, seguindo em um caminhão. “A benção vem de São Cristovão, que transportou uma criança de uma margem à outra do rio e nela reconheceu Jesus”, explica Dom Dimas.