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Capital

Festival de Verão marca fim da estação com dias que prejudicaram bronzeado

Verão prometeu tudo e entregou nada; falta de sol afetou até quem faz exercícios nos Parques

Natália Olliver e Thays Scnheider | 19/03/2023 13:21
Em mais um final de semana com tempo nublado, permanência no Parque das Nações Indígenas  é "limitado" (Foto: Alex Machado)
Em mais um final de semana com tempo nublado, permanência no Parque das Nações Indígenas  é "limitado" (Foto: Alex Machado)

Campo Grande se despediu hoje da estação com Festival de Verão breve, que preencheu uma manhã no Parque das Nações Indígenas, com atividades de lazer e esporte. Foi tão curto quando o tempo de sol em um verão atípico e frustrante para quem esperava  começar o outono ainda com bronzeado natural, tarefa quase impossível este ano.

A estação prometeu sol e entregou muita chuva. O empecilho impossibilitou a prática de atividades físicas ao ar livre e chateou quem costuma ir ao Parque das Nações Indígenas para passear, correr, andar de bicicleta ou até dar aulas no local.

É o caso da cantora Michele Bruta, de 50 anos, que costuma ir ao Parque todo final de semana para se exercitar, mas devido às chuvas constantes não tem conseguido. Para ela, o momento é um retrocesso ao isolamento vivido na pandemia. “As pessoas ficaram presas durante o período, aí quando a começou voltar ao normal veio um verão diferente, com muita chuva todos os dias”.

Michela Bruta faz bronzeamento, mas não se lembra a última vez que consegiu realizar o procedimento pela falta de sol (Foto: Alex Machado)
Michela Bruta faz bronzeamento, mas não se lembra a última vez que consegiu realizar o procedimento pela falta de sol (Foto: Alex Machado)

Ela comenta que vai até as casas de bronzeamento para manter a marquinha de sol, mas que também não tem conseguido pelo clima. “Faz tempo que não faço por isso. Não consigo colocar a cor em dia por conta das chuvas. O máximo que consigo é correr, mas ainda tenho que ficar monitorando chuva no aplicativo”, disse.

Nalva Costa e Tereza Cristiane no Parque das Nações Indígenas (Foto: Alex Machado)
Nalva Costa e Tereza Cristiane no Parque das Nações Indígenas (Foto: Alex Machado)

Nalva Costa, de 62 anos, saiu do Rio de Janeiro na esperança de que Mato Grosso do Sul fosse menos chuvoso que o Estado de origem. Entretanto, a decepção veio rápido. Há um mês em Campo Grande a mulher conta que para conseguir pegar sol, uma determinação médica, precisa acordar bem cedo para ir ao Parque.

“Está igual ao Rio, preciso de sol porque tenho uma doença nos osso, todos os dias preciso pegar um pouco, mas só consigo de manhã porque toda tarde chove”.

Ariane Cordeiro, de 39 anos, é educadora física e dá aula de acroyoga no Parque aos fins de semana. Para ela a atividade tem sido complicada. Diante da situação que não mudava, Ariane decidiu dar aulas mesmo em dias de chuva.

“Espero que pare no outono para trazer os alunos porque não é todo mundo que pode com chuva. Hoje, por exemplo, vi no aplicativo que choveria de tarde e trouxe alunos de manhã”, disse.

Professora ensina acroyoga no local aos finais de semana e espera um outono menos chuvoso (Foto: Alex Machado)
Professora ensina acroyoga no local aos finais de semana e espera um outono menos chuvoso (Foto: Alex Machado)

Ela destaca que também costuma caminhar no local e tomar sol, mas não se recorda qual foi a última vez que conseguiu ir.

Quem também sentiu o impacto da falta de sol foi o ciclista e empresário, Leandro Carvalho, de 37 anos. Ele está no esporte há 27 anos e costuma pedalar ao menos quatro vezes na semana, no fim do dia. “Precisei comprar de equipamentos específicos, como capa e protetor de peito. Não me recordo de um verão tão chuvoso”. finaliza

Prognóstico - De acordo com o meteorologista Natálio Abrahão, o início do outono na tarde desta segunda-feira (20), trará dias e noites com a mesma duração de 12 horas. No verão os dias são mais longos e noites mais curtas. O cenário só muda nos dias 21 e 22 de junho, quando as noites são mais longas e os dias mais curtos.

Natálio explica que nos primeiros dias de outono, as características do verão vão continuar,  principalmente com as pancadas de chuvas nos fins de tarde. O calor e a umidade elevados também continuam, com máximas acima dos 30º e Umidade Relativa acima de 65%.

“Com o passar dos dias as nuvens se reduzem e o céu fica mais claro associado a perda de umidade em evidências de dias mais secos. Os índices de chuvas se reduzem continuamente e as madrugadas e manhãs ficam cada vez mais frias. As mudanças de tempo ocorrem, às vezes com estiagens, outras vezes quedas nas temperaturas, também podem ocorrer chuvas rápidas à noite ventos fortes”, disse.

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