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Capital

“Fingi que estava dormindo”, contou menina estuprada pelo pai aos 12 anos

Nove anos depois do crime, representante comercial começará a ser julgado pelo estupro da filha

Anahi Zurutuza | 14/07/2021 13:37
Deusa da Justiça, em frente ao Fórum de Campo Grande, onde processo tramita (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)
Deusa da Justiça, em frente ao Fórum de Campo Grande, onde processo tramita (Foto: Marcos Maluf/Arquivo)

Só uma década depois do crime, representante comercial começará a ser julgado pelo estupro da filha. Conforme a acusação, os abusos aconteceram em meados de 2012, em Campo Grande.

A menina, à época com 12 anos, foi passar o fim de semana na casa do pai e acabou ficando sozinha com ele, porque seu irmão foi à residência de amigos. Ela conta que estava jogando no computador da sala quando adormeceu.

O pai a levou para o quarto. Ele estava só de cueca na cama, “porque ele tinha mania de dormir assim”, também narrou a garota.

A filha diz que acordou com o homem passando a mão nela, mas fingiu que estava dormindo. “Ele começou a passar a mão na minha vagina, colocava o dedo e continuava assistindo televisão, ele fez eu transar com ele. Fiquei com muito medo, eu não disse nada, fingi que estava dormindo o tempo todo”.

Também consta como relato da vítima no processo que no dia seguinte, o pai perguntou se a filha tinha gostado do que ele fez na noite anterior. Na delegacia, ainda na fase de inquérito, o pai confessou ter violentado a menina.

De acordo com publicação no Diário Oficial da Justiça, a primeira audiência do caso foi marcada para 14 de julho de 2022.

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