Focado em casos covid, Hospital Universitário já registra lotação máxima na UTI
Doença não tem padrão: há quem permaneça 90 dias e quem se recupere em duas semanas
Dias depois de anunciar o atendimento praticamente exclusivo para pacientes com covid-19, o HU (Hospital Universitário) já opera com os leitos de UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) no limite.
Vídeos encaminhados ao Campo Grande News mostram todas as vagas ocupadas. Nos leitos, pacientes travam a luta contra a doença, sob o som de alarmes sonoros dos aparelhos que lhes asseguram a sobrevivência.
O hospital informa que tem 27 leitos de UTI covid e, atualmente, todos estão ocupados. A unidade hospitalar também oferece dez leitos de enfermaria para pacientes com coronavírus.
Para cada internado em estado grave, a doença dita o ritmo dos cuidados intensivos. Desta forma, não é possível definir um tempo médio que o paciente fica na UTI. Há quem permaneça 90 dias e quem passe duas semanas.
De acordo com o HU, qualquer ampliação de leitos depende do orçamento da SES (Secretaria Estadual de Saúde) e Sesau (Secretaria Municipal de Saúde). O hospital utiliza equipe, monitores e 10 respiradores próprios. Outros oito equipamentos foram emprestados pela Sesau, permitindo a abertura dos 18 leitos, todos já ocupados.
“Estamos recebendo R$ 1.600 (R$ 800 da Sesau e R$ 800 da SES) por dia, por leito, desses 18 novos leitos. Esses valores são apenas para custear medicamentos de intubação”, informa o Hospital Universitário.
Desde 30 de março, com atendimento restrito a casos de covid, apenas dois setores foram mantidos: pediatria e maternidade, para os quais o HU é referência.