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Capital

Fria, assassina se 'fez de amiga' para matar Victoria com tiro na cabeça

Crime aconteceu em julho; Justiça marca audiência para ouvir testemunhas

Luana Rodrigues | 08/09/2016 08:13
Foto de Thamara no Presídio Feminino Irmã Zorzi (Foto: Reprodução)
Foto de Thamara no Presídio Feminino Irmã Zorzi (Foto: Reprodução)
Victoria Correia Mendonça de 18 anos, foi morta com um tiro na cabeça. (Foto: Reprodução/ Facebook)
Victoria Correia Mendonça de 18 anos, foi morta com um tiro na cabeça. (Foto: Reprodução/ Facebook)

"Uma pessoa de sangue frio". É assim que um mototaxista de 36 anos classifica Thamara Arguelho de Assis, 21 anos. Ele é uma das testemunhas que prestará depoimento à Justiça no dia 18 de outubro, na primeira audiência sobre a morte de Victoria Correia Mendonça, de 18 anos.

O crime ocorreu no dia 19 de julho, a acusada confessou e está presa. Neste primeiro momento, o juiz Aluisio Pereira dos Santos vai ouvir testemunhas de acusação. Depois será marcada uma segunda audiência para que sejam interrogadas as testemunhas de defesa.

Entre as 12 pessoas marcadas para serem ouvidas pela Justiça está o mototaxista, que retirou Thamara do local do crime, logo após ela atirar em Victoria. O homem é uma das principais testemunhas do caso, já que ouviu os disparos feitos pela autora e conversou com ela logo após o crime.

Em depoimento à polícia, ele citou Thamara como “uma pessoa de sangue frio”, porque no dia da morte de Victoria chegou a acreditar que as duas eram amigas e ouviu de Thamara a frase: “Eu me fiz de amiga mesmo para poder matar ela”.

Também será interrogado Weverton Silva Ayva, 28 anos, conhecido como “Boneco”. Ex-namorado de Thamara, e atual de Victoria, ele teria sido o pivô do crime, já que a acusada afirmou em depoimento a polícia que matou a vítima por ciúmes dele.

A Justiça também vai ouvir a mãe e a avó de Thamara, que na época do crime, disseram a polícia que a garota “é muito perturbada, mas não é perigosa”, além de que “não é uma pessoa má, mas vive no meio de gente que faz coisas muito erradas e acaba fazendo ou sendo influenciada a fazer”.

Morte foi na casa de Victoria, na Vila Popular. (Foto: Fernando Antunes)
Morte foi na casa de Victoria, na Vila Popular. (Foto: Fernando Antunes)

O crime - Victoria foi morta com um tiro na cabeça e outros três pelo corpo, na madrugada de terça-feira (19), na Rua Luiz Bento, Vila Popular, em Campo Grande. Uma testemunha contou à polícia que a vítima discutia com uma mulher em frente de casa, quando foram feitos cinco disparos.

A autora era Thamara, presa no dia 22 de agosto. “Para quê esta arma e aquele mototaxista na esquina?”. “Porque eu vou te matar, vagabunda”. Estas foram as últimas palavras trocadas entre as duas.

O diálogo foi relatado por Thamara à delegada Rosely Dolor, da 7ª DP (Delegacia de Polícia), que classificou a autora como “fria e perigosa”. O motivo do crime? Ciúme.

Segundo Thamara, no fim de semana anterior, Victória postou no Facebook uma foto ao lado de Weverton Silva Ayva, de 28 anos – o rapaz, por sua vez, seria ex-namorado de ambas.

Naquela noite de terça, Thamara contou à polícia que tomou quatro latinhas de cerveja, pegou um revólver – não soube especificar qual e que até agora não foi encontrada – chamou um mototaxista e foi até a casa da ‘rival’, na Vila Popular.

Chegando lá, mandou o piloto ficar na esquina e foi tirar satisfações com Victória, quando aconteceu o diálogo derradeiro. Em seguida, a garota pegou o mototáxi e fugiu, passando os dias seguintes perambulando pelas casas de parentes – sem, segundo a própria, ter ido para Aquidauana, como chegou a ser divulgado em outras ocasiões.

Em entrevista exclusiva ao Campo Grande News, Weverton confirmou ter encontrado Victória no fim de semana antes do crime. A garota, inclusive, teria dormido na residência dele.

Até agora a arma do crime não foi localizada. Thamara está em uma cela do Presídio Feminino Irmã Zorzi, em Campo Grande, desde que se apresentou a polícia. Ela está grávida de três meses de Weverton e aguarda julgamento.

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