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Capital

Funcionários retiram formigueiro de creche e diretora reclama de picuinha

Creche localizada no Aero Rancho está sob suspeita, mas ninguém fala nada por lá

Chloé Pinheiro | 05/08/2016 12:33
Ceinf do Santa Edwirges acumula denúncias não investigadas de até dois anos atrás. (Foto: Chloé Pinheiro)
Ceinf do Santa Edwirges acumula denúncias não investigadas de até dois anos atrás. (Foto: Chloé Pinheiro)

Logo ao chegar no Ceinf (Centro de Educação Infantil) Santa Edwirges, no Aero Rancho, acusado recentemente de maus tratos e coação de funcionários, a reportagem encontrou uma mãe que buscava o filho em seu primeiro dia de aula. “Mas eu conheço o Ceinf há muitos anos e confio”, disse. O discurso positivo tem um motivo: a tia dela dá aula ali há vários anos.

Entrando pelos portões, o clima amistoso cessou. Um grupo de funcionários trabalhava no formigueiro enorme flagrado por um grupo de mães e duas funcionárias avisaram que ali estava proibido fazer fotos.

Também não está permitido falar com a imprensa, mas uma das colaboradoras informou que a diretora Rosa Helena, acusada de perseguir as recreadoras que denunciaram maus tratos, estava em reunião na Semed (Secretaria Municipal de Educação) e que as denúncias se tratavam de "picuinha". 

Trecho de denúncia que conta sobre professor investigado. Material foi escrito por mães insatisfeitas com a resposta da diretora sobre os casos. (Foto: Divulgação)
Trecho de denúncia que conta sobre professor investigado. Material foi escrito por mães insatisfeitas com a resposta da diretora sobre os casos. (Foto: Divulgação)

Entenda o caso - Na quinta-feira (04) um grupo de mães e funcionárias do Ceinf Santa Edwirges esteve na Senalba (Sindicato dos Empregados em Entidades Culturais, Recreativas, de Assistência Social, de Orientação e Formação Profissional no Estado de Mato Grosso do Sul) para denunciar um longo histórico de maus tratos e descaso.

Segundo o grupo, além de desencorajar as denúncias, a direção do Ceinf foi negligente por diversas vezes. Em uma das páginas do dossiê entregue ao Ministério Público Federal e à própria Semed, uma denúncia da Associação de Pais e Mestres da creche relata o caso de um professor acusado de abuso sexual, que continuou trabalhando normalmente na instituição.

O dossiê elaborado por elas e pelo sindicato está nas mãos da Semed e do Ministério Público Federal, que ainda não se manifestaram sobre o assunto.

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