Funileiro que atirou contra vizinho disse que estava sendo ameaçado de morte
Caso ocorreu na noite de terça-feira (18); suspeito foi preso na madrugada do dia seguinte em Rochedo
Adilson Pereira Areco, 42 anos, preso na madrugada de ontem (19) depois de atirar no vizinho, de 31 anos, relatou à polícia que realizou os disparos porque estava sendo ameaçado pelo homem. O caso ocorreu na noite de terça-feira (18) na Vila Nathália, região do bairro Portal Caiobá, em Campo Grande.
Em depoimento, o funileiro contou que na última segunda-feira (17) havia discutido com o vizinho após briga entre os filhos. A vítima acusou a esposa do suspeito de agredir uma das suas crianças.
Segundo o funileiro, durante a discussão a vítima disse que ele e a família seriam mortos caso não mudassem do bairro. Na noite do dia 18, ao chegar em casa, o homem contou que o vizinho estava em frente a residência esperando por ele.
A vítima teria questionado o suspeito o motivo pelo qual ele e a família ainda não haviam se mudado do local. O funileiro relatou à polícia que, com medo, pegou um revólver e disparou três vezes contra o vizinho, atingindo ele no tórax.
Após ferir a vítima, o funileiro pediu para que a esposa o levasse para a oficina onde trabalhava, no bairro Monte Castelo. De lá, ele fugiu para a casa dos sogros, em Rochedo, cidade distante a 74 quilômetros de Campo Grande.
Durante buscas, policiais do Batalhão de Choque da Polícia Militar encontraram a esposa do suspeito em uma casa no bairro Vida Nova. Ela informou que o marido havia fugido para a casa dos pais dela.
Os militares foram até Rochedo e encontraram o funileiro. Ele assumiu que havia atirado contra o vizinho e que havia jogado o revólver calibre 38, usado na tentativa de homicídio, às margens da MS-080. A arma, porém, não foi encontrada.
À polícia, a esposa do funileiro negou que tivesse agredido o filho da vizinha e reforçou o depoimento do marido, dizendo que eles estavam sendo ameaçados de morte pela vítima.