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Capital

Gaeco quer demissão de policiais e condenação de Jamilzinho e Rei da Fronteira

Processo da terceira fase da operação Omertà entrou na reta final

Por Aline dos Santos | 18/01/2024 11:48
Jamil Name Filho (de camiseta branca) durante julgamento em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)
Jamil Name Filho (de camiseta branca) durante julgamento em Campo Grande. (Foto: Henrique Kawaminami)

Na reta final do processo da operação Omertà por organização criminosa, o MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) reforça o pedido de condenação de Fahd Jamil, mais conhecido como o Rei da Fronteira, do seu filho Flávio Correia Jamil Georges e de Jamil Name Filho.

Nesta etapa de alegações finais, o Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) ainda requer a perda do cargo do policial federal Everaldo Monteiro de Assis e do policial civil Frederico Maldonado Arruda.

“Haja vista que a acentuada gravidade das condutas criminosas por eles praticadas torna incompatível a permanência deles nas Polícias Federal e Civil, respectivamente”. A manifestação da promotoria é datada de 16 de janeiro.

Ao todo, o Ministério Público pede a condenação de 17 pessoas. Os crimes são organização criminosa armada, corrupção ativa, tráfico de armas de fogo, violação de sigilo funcional e aquisição de arma de fogo de uso restrito. Em 697 páginas de alegações finais, a promotoria mantém a denúncia sobre a terceira fase da Omertà, batizada de Armagedon.

Nesta fase, deflagrada em junho de 2020, a investigação apontou um consórcio de grupos criminosos. “Foi possível constatar a existência de uma outra organização criminosa, com a base na cidade de Ponta Porã, liderada pelos réus Fahd Jamil (“Fuad”) e Flávio Correia Jamil Georges (“Flavinho”),  que apoiava/auxiliava a organização criminosa liderada por Jamil Name (“JN” e/ou “Velho”) e Jamil Name Filho (“Jamilzinho” e/ou “Guri”)”.

A operação aponta que a união era para crimes transfronteiriços, como tráfico de armas, mas também foi responsável por homicídios. O processo tramita na 1ª Vara Criminal de Campo Grande.

A defesa do policial federal Everaldo Monteiro de Assis afirma que ele não cometeu crime e acredita em absolvição. “Os fatos são similares a de processo anterior, derivado do pen drive localizado [na investigação] e que as provas foram anuladas”, afirma o advogado Odilon de Oliveira. O dispositivo foi acessado na delegacia, mas sem ordem judicial.

A reportagem entrou em contato com a defesa de Fahd Jamil, que não vai se manifestar e se dedica à elaboração das alegações finais. O Campo Grande News não conseguiu contato com as defesas dos demais citados.

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