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Capital

Golpe do pneu: 37 consumidores procuraram Procon contra empresa investigada

Depois que o dono foi preso, ao menos 6 pessoas procuraram a polícia para registrar boletim de ocorrência

Por Viviane Oliveira | 07/03/2024 12:35
Fachada da Champions, empresa investigada pela Polícia Civil (Foto: Henrique Kawaminami) 
Fachada da Champions, empresa investigada pela Polícia Civil (Foto: Henrique Kawaminami)

Do dia 1º de julho de 2022 a 6 de março de 2024, 37 clientes procuraram o Procon (Secretaria-Executiva de Orientação e Defesa do Consumidor) para reclamar dos serviços prestados pela Champions Pneus e Rodas, empresa investigada pela Polícia Civil.

Investigado por superfaturar orçamentos e enganar clientes, João Lopes de Freitas, proprietário da empresa, fundada em fevereiro de 2020, informou que tem 10 lojas em Campo Grande e Dourados, onde disse atender em média 2,5 mil pessoas por mês. Ele foi preso na última segunda-feira (5) por estelionato, apropriação indébita e associação criminosa, passou por audiência de custódia e foi solto ontem após pagar fiança de R$ 5 mil.

O Procon alerta que o CDC (Código de Defesa do Consumidor), no artigo 40, prevê que “o fornecedor de serviço será obrigado a entregar ao consumidor orçamento prévio discriminando o valor da mão de obra, dos materiais e equipamentos a serem empregados, as condições de pagamento, as datas de início e término dos serviços”.

Segundo o órgão, somente com autorização expressa do consumidor o serviço poderá ser executado, tendo por base os itens listados no orçamento. Mudanças podem ocorrer, desde que negociadas entre as partes.

Como prevenção a eventuais problemas na contratação de produtos e serviços automotivos, o Procon recomenda a pesquisa de preços em diferentes fornecedores, pedido de orçamento prévio detalhado, consulta a profissional especializado, exigência da emissão de nota fiscal, verificação da marca do produto contratado e instalado e a entrega das peças trocadas.

O consumidor que tenha sido induzido a erro por ausência de informação adequada ou publicidade enganosa pode procurar o Procon no seguintes canais: Disque Denúncia 151, formulário fale conosco ou reclamação online no site www.procon.ms.gov.br.

Ontem, em coletiva de imprensa, a delegada Joilce Silveira Ramos, responsável pelas investigações, disse que ao menos seis clientes procuraram a Polícia Civil, depois que o dono foi preso, para registro de boletim de ocorrência contra o estabelecimento.

*Matéria alterada às 20h30 do dia 8 de março para correção de informação  

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