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Governo garante pagamento e leitos para recém-nascidos seguem ativos

O valor referente a duas parcelas do repasse da Secretaria Estadual de Saúde para manutenção das unidades deve ser depositado ainda nesta quinta-feira (13).

Anahi Gurgel | 13/07/2017 19:11
Fachada da Maternidade Cândido Mariano, em Campo Grande. Total de 24 leitos serão desativados a partir do dia 17. (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)
Fachada da Maternidade Cândido Mariano, em Campo Grande. Total de 24 leitos serão desativados a partir do dia 17. (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)

Depois de ameaçar desativar 10 leitos da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) neonatal por atraso no repasse de verbas do Governo do Estado, a maternidade Cândido Mariano entrou em acordo para manter o atendimento na unidade.  

Em reunião fechada na tarde desta quinta-feira (13), representantes da SES (Secretaria Estadual de Saúde) garantiram aos dirigentes do hospital, que irão depositar R$ 400 mil, referente a duas parcelas do fomento que o governo repassa pela manutenção das UTIs neonatal. 

A informação foi repassada ao Campo Grande News pelo diretor-técnico da maternidade, Daniel Gonçalves Miranda.

"O depósito das parcelas deve ser feito ainda hoje, e a de uma terceira será realizada na segunda-feira, dia 17. Se o valor não for repassado até lá, iremos desativar o serviço", disse. 

A ala foi construída no ano passado e, para seu funcionamento, houve um acordo para financiamento por parte estado e município, para repasse de R$ 200 mil por mês cada um.

Na manhã desta quinta-feira, um comunicado oficial sobre o fechamento dos leitos chegou a ser encaminhado ao (Ministério Público Estadual), às secretarias municipal e estadual de saúde e ao CRM (Conselho Regional de Medicina).

De um total de 147 leitos da unidade, 26 são da UTI neonatal, que atende tanto os recém-nascidos no local quanto de outras unidades da Capital e do interior. “O custo diário de um leito dessa classificação é de R$ 3 mil, ou seja, desativar 10 leitos representaria uma redução de R$ 900 mil por mês”, calcula

Leitos de UTI neonatal na maternidade Cândido Mariano. (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)
Leitos de UTI neonatal na maternidade Cândido Mariano. (Foto: Fernando Antunes/Arquivo)

Desativação da enfermaria - O dirigente explica que há grande preocupação também com a contratualização entre os governos estadual e municipal e a União para repasse de verbas referentes ao SUS (Sistema Único de Saúde).

“Falta recurso; estamos no limite”, disse, taxativo. “O valor não é revisto há 4 anos. Somente em 2016, gerou déficit de R$ 4,5 milhões para a maternidade", detalhou.

A falta de revisão nos valores da contratualização, entretanto, levou a direção a manter a desativação de 14 leitos da enfermaria de obstetrícia ligados aos SUS, a partir da segunda-feira (17).

A prefeitura informou que contrato com a maternidade, de R$1.253.881,96 por mês, está sendo pago "religiosamente". Atualmente, o município dispõe de 34 leitos de UTI neonatal contratualizado com os prestadores de serviço Cândido Mariano, Hospital Universitário, Hospital Regional e Santa Casa. 

Antes do fechamento deste material, reportagem não conseguiu contato com representantes da SES. A assessoria de imprensa informou que não tinha conhecimento da reunião nesta tarde.

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