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Capital

Grupo preso tentando furtar banco é experiente nesse de tipo ação, diz delegado

A quadrilha foi presa no último domingo, quando tentava furtar uma agência do Banco Bradesco, em Jaraguari

Viviane Oliveira e Bruna Marques | 08/02/2022 12:12
Da esquerda para a direita, delegados João Paulo Sartori e Fábio Peró. (Foto: Bruna Marques)
Da esquerda para a direita, delegados João Paulo Sartori e Fábio Peró. (Foto: Bruna Marques)

“O grupo tem larga experiência nesse tipo de ação, já cometeu esses crimes em outros estados da federação, como Santa Catarina, Paraná e São Paulo”, disse o delegado João Paulo Sartori, do Garras (Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros), sobre o grupo preso tentando furtar a agência do Banco Bradesco no domingo, em Jaraguari, distante 47 quilômetros de Campo Grande.

Segundo a polícia, eles já haviam trabalhado em fábricas, onde esses equipamentos são feitos, ou tinham conhecidos que atuam no ramo. No total, seis integrantes da quadrilha, cinco homens e uma mulher, todos de Santa Catarina, foram detidos em flagrante e tiveram as prisões convertidas em preventiva por organização criminosa e furto qualificado na forma tentada. Eles pretendiam furtar R$ 100 mil do caixa eletrônico.

Ao serem ouvidos, dois deles, Valtemir Gonçalves Hoss Emer, 29 anos, e Leandro Márcio Pupp, 46 anos, com extensa ficha criminal, afirmaram que foram contratados em Santa Catarina por um "famoso arrombador de bancos". O convite, segundo eles, partiu de um homem chamado Paulo, conhecido como "arrombador de bancos".

Segundo o delegado, há indicativos de que um dos integrantes já praticou crime na ação do novo cangaço (quadrilhas com ações agressivas que cercam pequenas cidades para praticar crimes cinematográficos). “Na ocasião ele foi preso com fuzil”, contou Sartori.

Dois carros utilizados na ação, VW Polo e Ford Fiesta foram apreendidos. Os materiais que seriam utilizados para furtar o banco foram encontrados na casa da mulher e dos outros integrantes da quadrilha. “Eles acham que roubar banco não é crime, porque banco tem muito dinheiro”, disse a autoridade policial.

Conforme o delegado Fábio Peró, vale ressaltar que a fábrica de caixas eletrônicos fica em Santa Catarina, mesmo estado dos criminosos. “Muitos deles já trabalharam ou conhece alguém que trabalha na fábrica. Eles conhecem os pontos estratégicos desses terminais. Eles utilizam ferramentas que fazem cortes específicos que facilitam a abertura do cofre”, afirmou.

Carros utilizados na ação foram apreendidos. (Foto: Bruna Marques)
Carros utilizados na ação foram apreendidos. (Foto: Bruna Marques)

Prisão - A prisão do grupo ocorreu depois de trabalho de inteligência do Garras, que apurava um furto ocorrido em 13 de janeiro deste ano. Na ocasião, os criminosos, integrantes de organização criminosa, furtaram R$ 50 mil de uma agência bancária localizada na Rua Antônio Maria Coelho, Bairro Santa Fé, em Campo Grande.

Durante a investigação, a polícia descobriu que os autores voltariam ao Estado de Mato Grosso do Sul para furtar uma agência bancária em Jaraguari. Então, os policiais já monitoravam o local, quando flagraram a quadrilha tentando arrombar um dos caixas eletrônicos.

Então, na quarta-feira (02), Paulo, Valtemir e Leandro seguiram em um Ford Fiesta para Campo Grande, onde se hospedaram em um hotel. O trio também teve a ajuda de Rayane Wellen da Silva, 26 anos, que deu estadia e alimentação. Ela receberia R$ 5 mil pela "ajuda" e também foi presa pelo Garras, no Jardim Los Angeles.

Na madrugada de domingo, o grupo decidiu cometer o crime. Dentro do Fiesta, estavam todas as ferramentas que a quadrilha utilizaria para arrombar o caixa. Enquanto Valtemir e Leandro estavam dentro da agência, Paulo ficou do lado de fora, na rua de trás, dentro do carro, para cuidar da movimentação. Com a chegada do Garras, ele conseguiu fugir correndo e abandonou o Fiesta no local. Os outros integrantes do grupo foram presos no dia seguinte no Jardim Tijuca.

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