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Capital

Guarda Civil incinera pipas com cerol e linha chilena para evitar reutilização

A medida faz parte de operação para coibir o uso de material cortante nas ruas de Campo Grande

Lucia Morel e Aletheya Alves | 15/05/2020 16:37
Materiais foram queimados para evitar que sejam reutilizados ao serem descartados no lixo. (Foto: Paulo Francis)
Materiais foram queimados para evitar que sejam reutilizados ao serem descartados no lixo. (Foto: Paulo Francis)

Para evitar que materiais cortantes e perigosos usados em pipas sejam reutilizados, a GCM (Guarda Civil Metropolitana) começou hoje a queimar os itens e só depois vai descartá-los no lixo. A medida faz parte de operação para coibir o uso de cerol nas ruas de Campo Grande.

Hoje, a incineração aconteceu no Parque Ayrton Senna e acabou com 140 pipas e 200 carreteis de linha chilena, outro material altamente cortante. Na operação do último fim de semana, foram recolhidos 192 materiais (linha de cerol e chilena) e 124 pipas, além de três pessoas conduzidas à delegacia.

Os materiais foram colocados em dois tambores de 200 litros para serem queimados e depois descartados. Segundo o comandante da GCM, Anderson Gonzaga da Silva, nova etapa da operação começou hoje e segue até domingo.

Fogo foi apagado para posterior descarte adequado dos materiais. (Foto: Paulo Francis)
Fogo foi apagado para posterior descarte adequado dos materiais. (Foto: Paulo Francis)

“São 60 policias em 30 viaturas, entre carros e motos, que além de coibir as pipas, também alerta quanto às aglomerações, porque geralmente quem solta pipa está com várias outras pessoas”, afirma.

Além disso, ele diz que muitos adultos fazem parte das brincadeiras perigosas com pipas, tanto que na semana passada, três pessoas foram conduzidas à delegacia para prestar esclarecimentos sobre a má conduta.

O maior risco é de acidentes, como o que ocorreu com o pedreiro Luiz Batista Dos Santos, 64 anos, que viu a morte de perto ao ter o pescoço cortado por linha de pipa com cerol no sábado passado, ao voltar do trabalho pilotando uma motocicleta, “Minha roupa ficou ensopada de sangue. Achei que ia morrer”, disse ao Campo Grande.

No mês passado, a professora Edileize Ferreira Fragato, de 33 anos, também foi vítima do cerol em Campo Grande. Ela também retornava para casa, pela Avenida Gunter Hans, quando percebeu que capacete estava tomado pelas linhas com vidro. Edileize foi parar no hospital e levou 10 pontos no pescoço.

Nesta semana, vereadores aprovaram projeto que prevê multa de até R$ 5 mil para quem soltar pipa com cerol.

Caso a população queira denunciar uso irregular e perigoso de pipas à Guarda, pode telefonar para o número 153.

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