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Capital

Homem agredido por guarda civil morre na Capital

Vítima estava internada na Santa Casa e não resistiu

Dayene Paz | 13/04/2023 08:44



Cauby de Freitas Novaes, 56 anos, morreu na Santa Casa de Campo Grande, nesta quarta-feira (12), um dia depois de ser agredido por um guarda civil metropolitano, no Bairro Lar do Trabalhador, em Campo Grande. Câmera de segurança de um imóvel registrou o crime.

Cauby foi socorrido pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levado à Santa Casa em estado grave. O morador de rua foi intubado, recebeu atendimento, mas não resistiu e morreu na noite de ontem.

Crime - No boletim de ocorrência, consta que a Polícia Militar foi acionada para atender a ocorrência e encontrou o homem caído na Rua dos Narcisos com ferimento na cabeça, na terça-feira (11). Segundo relatos de testemunhas à PM, a vítima havia sido agredida pelo guarda Emerson Teixeira Barbosa, 48.

Ao ser indagado, o guarda respondeu que tinha sido insultado pelo homem, não aguentou as provocações e desferiu um único soco no rosto dele.

Filmado - Imagens de câmera de segurança mostram o homem caminhando pela calçada com sacola na mão. Ele para na grade de uma casa (parece que está falando com alguém), quando o guarda chega numa motocicleta Honda Biz, para próximo ao meio-fio, desce e dá um soco no rosto da vítima, que cai e bate a cabeça no chão. Depois, o agressor ainda diz alguma coisa, sobe na moto, faz o retorno e vai embora.

Um comerciante, que não quis se identificar com medo de represália, viu o momento em que Emerson Teixeira passou por Cauby e o chamou de bêbado fedido. “Ele ainda respondeu que era bêbado fedido, mas com o dinheiro dele e não era usuário de droga”, contou.

Ainda conforme o morador, foi quando o guarda foi na casa dele, ali na redondeza, pegou a moto, voltou e agrediu a vítima. “Uma vizinha viu ele levando o soco e me chamou. Ele sangrava muito na região da cabeça”, contou. “Ele [a vítima] vive aqui há muitos anos e não mexia com ninguém”, disse o comerciante.

Posicionamento - Por meio de nota, a assessoria da Guarda Civil Metropolitana disse que o servidor está afastado de suas funções há pelo menos um ano e responde a procedimentos administrativos. “A Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social informa que o servidor em questão nunca realizou rondas nas ruas e não estava em serviço no momento do fato ocorrido. O mesmo deverá responder criminalmente pela acusação”.

Ainda conforme o texto, o boletim de ocorrência policial sobre o caso da agressão será anexado a um novo processo de sindicância, já que tal conduta é incompatível com a função desempenhada pelo servidor. Sobre o processo administrativo em andamento, no qual constam ocorrências de conduta em desfavor do servidor, aguarda decisão da Comissão Disciplinar para adoção de medidas.

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