Homem foi morto, roubado e teve casa incendiada após discussão com colegas
Rogaciano Fernandes de Oliveira, 40 anos, encontrado carbonizado nos escombros de uma casa incendiada no Bairro Nova Lima, em Campo Grande, foi morto por colegas devido a um desentendimento banal envolvendo o consumo de drogas. Luiz Eduardo da Silva Cardoso, o Dudu, 27 anos, matou a vítima a pauladas e depois incendiou a casa. O comparsa, Márcio José do Prado, 30 anos, o Cachaça, escondeu a arma do crime e auxiliou no roubo.
O crime aconteceu na quinta-feira (12) e o incêndio no dia seguinte. O caso foi esclarecido ontem (19), por investigadores da 2º Delegacia de Polícia da Capital, coordenados pelo delegado Alexandre Amaral Evangelista. A dupla apresentada durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira (20), vai responder por latrocínio, com pena que pode chegar a até 30 anos de prisão.
Circunstâncias - Segundo o delegado, os três envolvidos se conheciam e tinham o hábito de se reunirem na casa alugada por Rogaciano, na Rua Silvério Faustino, para consumirem pasta base de cocaína. Na manhã de quinta, Dudu e Márcio foram ao local e encontraram o morador ainda dormindo. “Os dois tinham livre acesso livre, e por isso, entraram facilmente na casa”, explicou o delegado.
Ao acordar assustado, Rogaciano iniciou discussão e golpeou Dudu com a parte de trás do facão (prancha). Para se defender, Dudu revidou desferindo uma paulada na cabeça da vítima que caiu e foi agredida mais dez vezes até morrer. “Ele ficava me tirando, fazendo gracinha e batendo com o facão na mesa”, disse o assassino, alegando que se arrepende do que fez. “Só me arrependo por causa do meu filho”, completou.
Foram roubados no local um celular, carregador, corrente de prata, TV, botijão de gás e uma Honda CG Titan da vítima. Após a ação, Márcio saiu pilotando a moto com o comparsa na garupa. Eles venderam o botijão e compraram drogas para consumo. Os demais objetos foram deixados em um bar, para posteriormente também serem comercializados.
Desfecho - Na noite do mesmo dia, os comparsas foram flagrados pela polícia transitando com a moto pela região. Até então, ninguém tinha conhecimento sobre o crime. Contra Márcio já havia um mandado de prisão em aberto e por isso, acabou detido. Dudu foi embora empurrando a moto e, temendo que alguém descobrisse o que fizeram, voltou à casa onde estava o corpo, na manhã de sexta, e ateou fogo com o intuito de eliminar provas. “Usei isqueiro e espuma para queimar tudo”, reforçou.
O delegado afirmou também que o imóvel era um ponto de distribuição de drogas. “De acordo com testemunhas, tudo indica que lá era uma boca de fumo. O caso já esta bem esclarecido, mas o inquérito ainda não foi encerrado. Todos os itens roubados, incluindo o botijão vendido, foram recuperados pelos investigadores”, comentou.