Homem que matou pai da enteada a tiros comprou arma 15 dias antes da execução

Alex de Azevedo Pereira, 31 anos, que matou Agnaldo Cezar de Souza, 37 anos, a tiros na segunda-feira (10), no Jardim Monumento, em Campo Grande, prestou depoimento na 5ªDP e alegou que agiu em legítima defesa, justificando que teria comprado a arma há 15 dias, pois a vítima apresentava um histórico de violência contra sua esposa e a enteada de 13 anos.

De acordo com o delegado Rodolfo Daltro, responsável pelo caso, o autor dos disparos se apresentou voluntariamente e como havia passado o período de flagrante foi interrogado e liberado.

“Ele alegou ter agido em legítima defesa porque a vítima era muito agressiva com a esposa e a filha. Teve uma discussão, ele disse que comprou a arma 15 dias antes do crime para se defender. Durante a conversa, segundo ele, a vítima teria se levantado e colocado a mão na cintura, então ele achou que estaria armado e efetuaria disparos, então ele acabou matando a vítima”, explicou o delegado.

A arma usada na execução teria sido descartada em um córrego da Capital. A Polícia Civil realizou diligências para encontrar o revólver, mas não obteve sucesso devido ao grande volume de chuva que caiu na capital nos últimos dias.

Caso - Conforme informações da PM (Polícia Militar), Agnaldo foi até a residência da ex-esposa buscar a filha de 13 anos para passar o feriado, quando Alex chegou e o chamou para entrar para que os dois conversassem. No entanto, ao chegarem na varanda da casa eles começaram a discutir, porque Agnaldo não estaria concordando com a forma que o padrasto estaria tratando a menina, inclusive, estaria impedindo que ela se encontrasse com ele.

Diante da discussão, Alex sacou a arma e atirou ao menos 6 vezes, sendo que primeiro disparo teria sido nas costas da vítima. A filha do homem estava na casa e acabou presenciando todo o crime. Alex fugiu logo em seguida. Equipe do Corpo de Bombeiros chegou a ser acionada, mas quando chegaram a vítima já estava em óbito.