Homens atiraram mais de 30 vezes contra loja; prejuízo chega a R$ 250 mil
"Não devo uma agulha pra ninguém", diz dono do local, sem entender motivo do atentado desta madrugada
"Não devo uma agulha pra ninguém, não devo mercadoria, nada. Não entendo porque aconteceu isso. Sem resposta". A fala é de José Ivo Carbonieri, de 61 anos, dono da loja de pisos e revestimentos alvo de atentado na madrugada desta quinta-feira (10) na Avenida Zahran, esquina com a Rua Professor Xandinho, em Campo Grande.
Quatro homens, em duas motocicletas, arrombaram o local, atearam fogo e usaram fuzis para atirar na fachada do local. O fogo foi controlado por cerca de 10 militares do Corpo de Bombeiros, a Polícia Militar realiza a preservação do local para que a perícia seja realizada.
Várias cápsulas de fuzil estão espalhadas pela calçada e a princípio a dupla atirou mais de 30 vezes contra o estabelecimento. Segundos testemunhas, os homens fugiram pela Rua Professor Xandinho sentido ao cemitério Santo Antônio. Ainda não há informações sobre quem eles são e nem o motivo do crime.
Abalado com toda a situação, ele contou ao Campo Grande News que tem o estabelecimento há 27 anos e foi avisado sobre o incêndio pela central de monitoramento por volta de 4h30. "O fogo ficou mais no escritório, mas acabou com a loja, vários computadores foram queimados. Prejuízo de uns R$ 250 mil", disse José.
Uma testemunha de 53 anos estava na conveniência quase em frente à loja e viu parte da ação. "Eles encostaram a moto, um desceu, quebrou a porta, entrou e meteu fogo. Quando ele saiu metralharam a loja e fugiram. Eles descarregaram um pente, recarregaram a arma e atiram de novo", contou o homem que está assustado e pediu para não ser identificado.
No momento do atentado havia vários clientes na conveniência, todos teriam se abaixado com medo dos tiros e foram embora do local assim que os autores fugiram. O trânsito no local chegou a ser fechado entre 4h30 e 6h10 para o trabalho dos bombeiros, no momento apenas a pista da direita está parcialmente interditada para preservar o local até a chegada da perícia.