Hospital da Criança do SUS começa atender até o fim da semana
O prefeito de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), oficializou nesta manhã (5) o arrendamento do prédio do Hospital Sírio Libanês para transformá-lo em no Hospital da Criança do SUS (Sistema Único de Saúde). A expectativa é de que até o final da semana começam a ser realizados os atendimentos ambulatoriais.
Nessa primeira fase, a Prefeitura irá ter um gasto de R$ 193 mil com o aluguel do prédio e dos equipamentos e mais R$ 300 mil com a folha de pagamento e compra de medicamentos. Inicialmente, serão realizados atendimentos ambulatoriais.
No total, a previsão é de que 20 pediatras atuem no centro pediátrico revezando em plantões de 12 horas, a ideia é de que tenha cinco profissionais por turno.
“Não vamos tirar pediatras das UPAs [Unidade de Pronto Atendimento]. Se eles quiserem vir trabalhar no centro de atendimento infantil será um extra”, afirmou o secretário Municipal de Saúde, Jamal Salem. Ele ressaltando que os profissionais que irão atuar no centro serão da própria estrutura da Prefeitura e contratados através de processo seletivo.
A ultima etapa está prevista para ocorrer daqui a 60 dias com a ativação de 100 leitos, sendo 40 destinadas a criança e 60 para adultos.
Enquanto os leitos não ficam prontos, os pacientes que precisaram de internação continuarão sendo
encaminhados para a Santa Casa, como já acontece.
Quanto a realização de cirurgias eletivas, a previsão da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) é de que sejam inciadas em dezembro deste ano, quando serão disponibilizadas duas salas de centro cirúrgico com capacidade individual de 20 cirurgias dia, além de 10 leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva).
Assim que estiver com a estrutura toda montada, tanto física quanto operacional, o custo médio de operação pode chegar a R$ 2 milhões por mês, totalizando R$ 24 milhões por ano.
O prefeito agradeceu aos “anônimos” que colaboraram na articulação para que este “sonho de forma urgente” fosse realizado. Ele deixou claro que a operação dessa unidade não afasta o desejo de se investir em um hospital municipal com recursos de mais de R$ 100 milhões a serem previsto para o orçamento do próximo ano.
“Celebramos um novo tempo para a saúde. Temos entendimentos que vamos enfrentar problemas e sacrifícios, mas vamos derrubar barreiras e pedir apoio do Ministério da Saúde”, afirmou.
O proprietário do prédio, Mafuci Kadri, disse que a motivação para liberar o arrendamento do hospital é por se sensibilizar com o sofrimentos das crianças e a reduzir a busca por atendimento pediátrico.