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Capital

Hospital de Câncer receberá R$ 6,1 milhões e anuncia fim da greve

Cerca de 500 atendimentos ficaram à espera com o anúncio de paralisação

Maristela Brunetto e Caroline Maldonado | 06/03/2023 12:52
Hospital anunciou a paralisação de novos atendimentos em 22 de fevereiro. (Foto: Kisie Aionã)
Hospital anunciou a paralisação de novos atendimentos em 22 de fevereiro. (Foto: Kisie Aionã)

O HC (Hospital de Câncer) Alfredo Abrão vai receber verbas públicas adicionais de R$ 6,1 milhões e retomar de imediato o pleno atendimento para inclusão de novos paciente. A decisão foi tomada esta manhã em reunião na Procuradoria-Geral de Justiça, mediada pela promotora Daniela Costa da Silva, que chegou a abrir inquérito civil para investigar a paralisação.

De imediato, o governo estadual vai repassar ao hospital R$ 3,5 milhões em recursos próprios, conforme o secretário estadual de Saúde, Maurício Simões, um dos participantes da reunião, que contou ainda com a secretária-adjunta de Campo Grande, Rosana Leite, e diretores do hospital.

O Município também encaminhará recursos, mas de origem federal, no total de R$ 2,6 milhões e de forma parcelada, com um repasse já esta semana no valor de R$ 300 mil. A greve começou em 22 de fevereiro, com médicos informando que estavam com salários atrasados. Na ocasião, o hospital, que é o principal estabelecimento de atendimento de doentes de câncer no Estado - cerca de 70% dos pacientes - declarou existir déficit mensal de R$ 700 mil.

A instituição informou que manteria os tratamentos já iniciados e deixaria de receber novos doentes. Hoje, a informação foi de que cerca de 500 atendimentos deixaram de ser feitos desde então. Ao final da reunião, o diretor-clínico do hospital João Paulo Vilalba disse que os problemas de compra de medicamentos e os atendimentos poderão ser regularizados com o aporte de recursos públicos.

Segundo diretor-clínico, normalização dependerá da regulação de doentes e ampliação do atendimento pelos médicos. (Foto: Carol Maldonado)
Segundo diretor-clínico, normalização dependerá da regulação de doentes e ampliação do atendimento pelos médicos. (Foto: Carol Maldonado)

Por outro lado, alertou que a retomada depende do sistema de regulação administrado pela Prefeitura de Campo Grande, o Sisreg, a evoluir conforme a disponibilidade vagas, que também vai depender da ampliação dos atendimentos pelos médicos. O secretário estadual informou que será analisada a possibilidade de fazer outros repasses no prazo de 90 dias.

A promotora informou que o esforço foi de buscar uma solução que permitisse a retomada imediata dos atendimentos a doentes com câncer.

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