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Capital

Hospital mantém atendimento a pacientes da oncologia, mas não recebe novos casos

Renan Nucci e Lidiane Kober | 09/10/2014 11:40
Pacientes que tratavam câncer na Santa Casa solicitaram manutenção do atendimento no local. (Foto: Marcos Ermínio)
Pacientes que tratavam câncer na Santa Casa solicitaram manutenção do atendimento no local. (Foto: Marcos Ermínio)
Jamal Salem, da Sesau, afirma que a secretária está disposta a ajudar a Santa Casa a sair da crise financeira. (Foto: Marcos Ermínio)
Jamal Salem, da Sesau, afirma que a secretária está disposta a ajudar a Santa Casa a sair da crise financeira. (Foto: Marcos Ermínio)

Pacientes que recebem tratamento no setor de oncologia da Santa Casa, em Campo Grande, não serão mais transferidos para outras unidades de saúde. Reunião realizada ontem (08) na sede da instituição, entre diretores, representantes da SES (Secretaria Estadual de Saúde), Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Ministério Público, Hospital do Câncer e enfermos, definiu pela continuidade do atendimento.

Depois que três mulheres morreram em decorrência de sessões de quimioterapia, em julho, a Santa Casa antecipou o rompimento de contrato com o Centro de Oncologia e Hematologia de Mato Grosso do Sul, empresa terceirizada que prestava serviços à oncologia, e anunciou o fechamento do setor. Os cerca de 600 pacientes que eram atendidos, seriam encaminhados gradativamente ao Hospital do Câncer e ao Hospital Regional.

Durante a reunião de ontem, os próprios doentes pediram para que continuassem na Santa Casa, pois já estavam habituados ao ambiente e aos funcionários do local. Sendo assim, o setor segue em funcionamento, estando fechado apenas para novas internações. Segundo secretário Jamal Salem, da Sesau, o corpo clínico da unidade assumiu a ala e com isso, o clima de insegurança por causa das mortes foi minimizado.

Jamal afirmou ainda que dos cerca de 600 pacientes, 53 foram transferidos para o Hospital do Câncer, mas somente por que o médico deles foi transferido antes. Sobre a crise financeira da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), entidade mantenodora da Santa Casa e que sofre hoje com déficit de R$ 4 milhões mensais, o secretário alegou que a Sesau está disposta a incrementar o orçamento atual de aproximadamente R$ 15 milhões mês, com mais R$ 2 milhões. O restante tenta ser buscado junto ao Governo do Estado e ao Ministério de Saúde.

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