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Capital

Polícia investiga morte de mais uma pessoa na oncologia da Santa Casa

Renan Nucci | 01/09/2014 11:37
Santa Casa fechou o setor de oncologia após mortes. (Foto: Marcos Ermínio)
Santa Casa fechou o setor de oncologia após mortes. (Foto: Marcos Ermínio)

A Polícia Civil de Campo Grande vai apurar a morte de mais um paciente do setor de oncologia da Santa Casa. Às 20h de sexta-feira (29), familiares de Adolfo Coelho de Souza, 82 anos, compareceram à Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro para relatarem o óbito dele ocorrido cinco horas antes.

Segundo boletim de ocorrências, o filho da vítima buscava detalhes sobre o falecimento do pai que tinha câncer e estava internado há 16 dias, fazendo quimioterapia. O caso foi registrado como “morte a esclarecer”.

Em junho, três mulheres morreram após sessões de quimioterapia na Santa Casa. As investigações são conduzidas pela 1ª Delegacia de Polícia da Capital. CarmenInsfranBernad, 48 anos, Maria Glória Guimarães, 61 anos, e Norotilde Araújo Greco, 72 anos, tratavam câncer colorretal.

A assessoria de imprensa informou que o idoso já possuía um histórico agravante e que, em um primeiro momento, não há semelhanças ou ligações com o que aconteceu com as outras vítimas. O registro na Depac só ocorreu porque o IML (Instituto Médico Legal) exige o boletim de ocorrência para fazer a necrópsia.

O resultado do exame deve apontar a causa da morte. "A Santa Casa agiu de forma colaborativa e solidária com os familiares que solicitaram que a necrópsia fosse feita fora do hospital, o que é compreensível, principalmente após os casos que vieram à tona na oncologia", afirmou a entidade por meio da assessoria.

Investigações – A delegada Ana Cláudia Medina pediu aumento no prazo para conclusão dos inquéritos. Ela ainda aguarda os laudos de amostras colhidas dos corpos das vítimas. Alguns procedimentos devem ser feitos fora do país. A principal hipótese, até que se prove o contrário, é de que houve falha humana em alguma etapa do tratamento das pacientes.

Oncologia - Diante do cenário de complicações, a ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), entidade gestora da Santa Casa, rompeu contrato com o Centro de Oncologia e Hematologia de Mato Grosso do Sul, empresa que prestava serviços à unidade. O setor também foi fechado e não recebe novos pacientes. Aproximadamente 600 pessoas ainda são tratadas no local, mas estão sendo transferidas gradativamente para outros centros de referência.

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