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Capital

Ex-farmacêutico da Santa Casa presta depoimento sobre mortes após quimioterapia

Ludyney Moura e Alan Diógenes | 15/08/2014 15:40
Farmacêutico chegou à delegacia acompanhado de um advogado e não quis falar com a imprensa (Foto: Marcos Ermínio)
Farmacêutico chegou à delegacia acompanhado de um advogado e não quis falar com a imprensa (Foto: Marcos Ermínio)

Para esclarecer as mortes das três pacientes que ocorrem em junho no setor de oncologia da Santa Casa da Capital, a Polícia Civil está colhendo depoimento neste momento do ex-farmacêutico do Centro de Oncologia e Hematologia de Mato Grosso do Sul, responsável pela manipulação dos medicamentos, identificado apenas como Marcelo, que deixou a função depois de ter sido aprovado em concurso público.

Marcelo deu lugar ao farmacêutico Raphael Castro, responsável pela manipulação dos medicamentos que causaram reações adversas nas três pacientes que falecerem, e que foi convidado para o cargo por um dos sócios da clínica, José Maria Ascenço.

De acordo com a delegada responsável pelo caso, Ana Cláudia Medina, era Marcelo quem comprava os medicamentos, que provavelmente estavam no estoque no momento das mortes. “Ele vai poder falar como funcionava o setor, suas falhas e problemas, antes da entrada do novo profissional. Já se sabe que ele (Marcelo) é uma pessoa experiente que trabalha há alguns anos lá (no setor farmacológico da Santa Casa)”, declarou a delegada.

Ana Cláudia também criticou a atitude da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que comunicou à imprensa os resultados feitos pelo órgão, “os investigadores concluíram pelo erro no processo de manipulação intra-hospitalar”, atestou a agência em comunicado feito ao Campo Grande News. Todavia, para a delegada essa informação não muda o curso e nem acrescenta fatos novos na investigação.

O farmacêutico identificado apenas como Marcelo chegou à delegacia acompanhado do mesmo advogado dos demais envolvidos no caso, Felipe Barbosa. Seu depoimento teve início por volta das 14h30.

O caso - Carmen Insfran Bernard, 48 anos, Norotilde Araújo Greco, 72 anos, Maria Glória Guimarães, 61 anos, tinham câncer colorretal e faziam tratamento na Santa Casa, e faleceram nos diasias 10, 11 e 12 de julho após realizarem sessões de quimioterapia. A Polícia Civil investiga o caso.

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