Após mortes na quimioterapia, Santa Casa irá fechar setor de Oncologia
Após três mortes no setor de quimioterapia, a Santa Casa terá de seis meses a um ano para fechar o setor de Oncologia. Três pacientes, que realizavam tratamento contra o câncer, receberam uma doses do medicamento Fluorouracil (5-FU), em junho deste ano, e acabaram morrendo no mês seguinte.
Conforme a assessoria de imprensa, o setor ainda não foi fechado, porém todos os pacientes novos serão atendimentos pelo Hospital do Câncer Alfredo Abrão e os 600 em tratamento serão transferidos de forma gradativa. Deste total, 200 realizam quimioterapia.
A Santa Casa tem um prazo de seis meses até um ano para a transferência e fechamento do setor, de acordo com a parceria entre o Município, Estado, Santa Casa e Hospital do Câncer.
De acordo com o hospital, o motivo do fechamento é o encerramento do convênio com a empresa que prestava servições para o setor de oncologia.
Carmen Insfran Bernard, 48 anos, Norotilde Araújo Greco, 72 anos, e Maria Glória Guimarães, 61 anos, morreram nos dias 10, 11 e 12 de julho, respectivamente, devido à complicações durante o tratamento de câncer colorretal. Elas receberam doses do Fluorouracil (5-FU) em junho, apresentaram reações adversas e morreram em julho.
No dia 12 deste mês, a Santa Casa restringiu o atendimento no setor de ortopedia, alegando uma superlotação, com 42 pessoas na fila de espera. Mas foi suspensa no dia 19.
O MPE (Ministério Público Estadual) tentou acabar com a superlotação e realizou uma reunião a portas fechadas na tarde de ontem (20) com a Prefeitura de Campo Grande, representada pelo titular da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública), Jamal Salém, para pedir 28 leitos e acabar com a internação precária nas UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).
Por isso, no dia 15, a titular da Promotoria de Justiça de Saúde Pública, Filomena Aparecida Depólito Fluminhan, deu prazo de 10 dias para a prefeitura apresentar uma solução ao problema.