Hospital Regional estoura ocupação máxima e superlota UTIs da covid-19
Em Campo Grande, ocupação também já passa dos 100% e gera superlotação na rede pública de saúde
Mais doentes do que vagas para tratamento. Assim está o setor destinado para cuidar dos infectados por covid-19 que precisam de atenção hospitalar no HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul) neste fim de tarde em Campo Grande, cidade que enfrenta mais uma crise da doença - a primeira foi em agosto.
Conforme os números do Painel Mais Saúde, divulgados pela SES (Secretaria de Estado de Saúde), o local extrapolou a lotação máxima tanto nas UTIs (Unidades de Tratamento Intensivo) como nos leitos clínicos para covid-19.
Às 18h30, os dados eram de ocupação na casa dos 155% em UTIs covid e SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave). Já os leitos clínicos nessa categorias apresentavam 137% de ocupação no HRMS. Lá exisem 65 UTIs covid e 110 leitos clínicos.
Já os números gerais com pacientes sem covid-19, apesar de inferiores, também são preocupantes. São 219 leitos e 138 vagas para tratamento intensivo, sendo que a ocupação dos leitos está em 90% e de UTIs em 99%.
Santa Casa e total da Capital - Diferente do HRMS, que é referências no tratamento da covid-19, a Santa Casa de Campo Grande possui foco maior nos atendimentos gerais, mas também há algumas vagas para tratamento do novo coronavírus.
Dos 237 leitos clínicos gerais, 69% estão ocupados nesse fim de tarde de sexta-feira, enquanto os 104 leitos de UTI estão com ocupação de 89%. Entre as vagas para covid, são sete clínicos e 13 intensivos - o primeiro possui ocupação de 171%, enquanto o último está com exata ocupação de 100%.
Enquanto isso, os números de toda a capital sul-mato-grossense apontam também para um estado crítico. Os 199 leitos de UTI de covid estão todos ocupados, com taxa de 108%, enquanto os leitos clínicos, que são 332, estão com ocupação de 104%. Fecha a lista os leitos de UTI geral, com 95% (502 vagas), e clínicos gerais, com 83% (1.427).