Imagem do socorro, Nossa Senhora vai no nome, fé e esperança dos fiéis
A fé que vai na assinatura do nome, na devoção que supera os esquecimentos do Alzheimer ou no joelhos que se dobram em busca de uma graça.
A íntima e fervorosa relação dos fiéis com a Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil, move as pessoas a lotarem a igreja, que leva o nome da santa, na avenida Tamandaré, em Campo Grande.
Aos 92 anos, Bráulia Roja Montania é devota desde criança e, agora, convive com os efeitos do Alzheimer. “Mesmo assim, ela não esquece as devoções. Lembra de todas as orações, pede para ir à missa e não esquece de Nossa Senhora”, afirma a filha Olívia Montania, 54 anos.
A fé também está no nome de quem alcançou graças. A comerciante Francilene Aparecida Messias dos Santos, 45 anos, conta que ganhou o nome da santa porque teve problemas de saúde logo após o nascimento. “Passou da hora do parto e fiquei roxa. Preocupada e devota, minha avó pediu para que Nossa Senhora me salvasse. Devo a vida e milagres à santa”, diz.
Após perder dois filhos ainda durante a gestação, Ana Felipe Schruff, 63 anos, prometeu que se o filho nascesse e fosse mulher teria o nome de Aparecida. Após a promessa, veio Ivete Aparecida Schruff, que, atualmente, tem 48 anos. Formada por devotos, da família veio de Ivinhema, a 282 km de Campo Grande, para participar da celebração deste 12 de outubro.
Em um momento de extrema dor, Edinir Batista Figueiredo, 64 anos, recorreu à oração.
“Há 21 anos meu marido teve um AVC [Acidente Vascular Cerebral] e os médicos disseram que ele não andaria mais. Fui à igreja, me prostrei para Nossa Senhora, que intercedeu. Menos de três meses depois ele estava andando”, relata.
Segundo Ednir, o marido também se tornou devoto. “Ele anda com dificuldade. Mas vive com dignidade e nos braços de Nossa Senhora”, diz.
A popularidade da santa vem de sua imagem de socorro e esperança. “Nossa Senhora é a presença materna de Deus na vida do povo. É mãe, mulher. Tem tanta influência sobre e as pessoas porque é imagem de socorro, esperança para os que sofrem”, afirma o padre Paulo Donatti.