Júlio de Castilhos está com 60% das obras concluídas, diz Prefeitura
Com 60% das obras concluídas, a avenida Júlio de Castilho, em Campo Grande, deve ficar pronta até o fim do ano, como confirmou na tarde de hoje o prefeito Nelson Trad Filho (PMDB). Em visita às obras, Trad lembrou que o sistema de drenagem já foi praticamente concluído, o que aumenta o percentual de conclusão. “A obra está dentro do cronograma e segue sem atrasos, apesar das dificuldades que uma obra desta dimensão pode causar”, afirmou Trad.
São mais de 6 mil metros de avenida e desse total os engenheiros afirmam que 3,3 mil metros já foram finalizados. Além da pavimentação, a calçada com piso tátil está sendo feita juntamente com o recapeamento. De acordo com a assessoria, no projeto de revitalização já estava incluída a adequação da calçada. Ao todo, são 13,3 mil metros de passeio, e pouco mais de 10 mil metros já foram finalizados.
A avenida está concluída entre os trechos da rua Noroeste, no início da via, e a Presidente Vargas, além do trecho entre a Capibaribe até a Duque de Caxias.
Possível atraso: Um cabo de fibra ótica da empresa de telefonia OI, que deveria estar a 1,2 metros abaixo do nível do solo, foi detectado ainda ontem pelos engenheiros a uma distância inferior, o que interfere no desenvolvimento da obra. O cabo, localizado no cruzamento com a rua Presidente Vargas, está a apenas 40 centímetros de distância do solo, o que atrapalha a obra.
De acordo com o engenheiro da obra, Valter Fujii, a empresa de telefonia já informou que na próxima segunda-feira(6)técnicos devem iniciar as intervenções para regularizar o cabo. Porém, Fujji não soube dizer qual será o tempo que a empresa levara para concluir os trabalhos.
Se a regularização da OI se estender por pelo menos uma semana, o engenheiro afirma que o trecho, que está agora em obras, será liberado para o acesso da população, até que o problema seja solucionado e as obras possam ser retoamadas novamente.
“Mas se o trabalho for rápido não compensa tampar o que já foi aberto, até porque vai demorar mais ainda”, afirmou Fujii.
Caso seja preciso interromper a obra, a prefeitura garante que a intervenção será transferida para uma nova área da avenida, fazendo que o projeto de revitalização não "estacione".
Comerciantes: O sofrimento é inevitável, isso todos concordam, mas os comerciantes fazem algumas ressalvas. Além da falta de clientes, que cai 100%, a demora na conclusão da obra irrita os que dependem do comércio para viver. “Os clientes sumiram. Nessa semana não tem ninguém, mas não tem jeito, tem que ser assim. O que é ruim e a demora, além da sujeira” diz Amanda Gabriele, 17 anos namorada do proprietário de um bar.
"O que incomoda é o festival quebra e conserta. Todo dia eles quebram, arrumam e quebram de novo, não dá para entender", disse uma comerciante que preferiu não se identificar.
A proprietária de uma loja de peças de carro, Luciene Ortiz , 25 anos, afirma que a falta um retorno na via atrapalha o acesso as ruas transversais. “Não tem como fazer a volta e nem como entrar nas ruas. Ficou ruim”.
Segundo o prefeito, o trânsito é um dos pontos mais preocupantes e polêmicos. “A Júlio de Castilho sempre foi campeã em acidentes de trânsito e nós vamos ouvir os comerciantes sobre as necessidades, assim como o estacionamento na via, tentando sempre fazer o melhor para população”, destacou Trad.