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Capital

Jurado de morte, piloto do PCC deixa penitênciária da Capital

Felipe Ramos Morais, de 34 anos, foi colocado em liberdade sob sigilo por conta de uma doença

Adriano Fernandes | 23/04/2021 22:58
Felipe na ocasião em que foi preso, no ano de 2018. (Foto: Mais Goiás)
Felipe na ocasião em que foi preso, no ano de 2018. (Foto: Mais Goiás)

Felipe Ramos Morais, de 34 anos, ex-piloto do PCC (Primeiro Comando da Capital) e delator do esquema milionário de lavagem de dinheiro da facção foi colocado em liberdade pelo Tribunal de Justiça do Ceará. Felipe estava preso desde 2018 na Penitenciaria Federal de Campo Grande e foi solto no último dia 16 em razão de uma doença, que não foi informada.

A decisão de libertar Morais deveria de ser mantida em sigilo absoluto, uma vez que o piloto continua sob ameaça de morte do PCC e deve ser colocado no programa de proteção à testemunha. No dia 18 de setembro do ano passado, ele tentou se matar na penitenciária da Capital.

À época o piloto alegou que tentou suicídio porque o acordo de delação premiada feito com o Ministério Público do Ceará, que lhe daria o benefício de responder ao processo do duplo homicídio em liberdade, não havia sido cumprido.

Delator - Felipe foi preso em 2018, acusado de transportar para a morte duas lideranças da facção, Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, cuja execução teria sido determinada por Marcos Herbas Camacho, o Marcola, considerado um dos mais perigosos criminosos brasileiros. Ele é processado pelos homicídios na Justiça do Ceará.

Preso, Morais fez um acordo com a justiça e revelou o esquema milionário de lavagem de dinheiro da facção no âmbito da operação Laços de Família, realizada pela PF (Polícia Federal) contra família de Mundo Novo apontada por agir como “máfia” e manter ligação comercial com a facção no tráfico de maconha. O grupo era liderado por um policial militar. Graças às informações dele, a PF deflagrou a Operação "Reis do Crime", em 2020, e prendeu todos os envolvidos no esquema. Desde então, no entanto, Morais está jurado de morte pela facção.

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