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Capital

Júri de 10 membros do PCC que decapitaram rival tem forte esquema de segurança

Crime ocorreu em 31 de maio de 2018, em Sonora; julgamento acontece hoje, no Tribunal do Júri da Capital

Dayene Paz e Bruna Marques | 25/04/2022 09:53
Viatura da polícia na frente do Tribunal do Júri, em Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)
Viatura da polícia na frente do Tribunal do Júri, em Campo Grande. (Foto: Marcos Maluf)

Dez pessoas sentam no banco dos réus, nesta segunda-feira (25), pelo assassinato de Lailla Cristiane de Arruda, de 19 anos, ocorrida em 31 de maio de 2018. Conforme a denúncia do Ministério Público, Lailla foi decapitada após ser julgada pelo "Tribunal do Crime" do PCC (Primeiro Comando da Capital), por pertencer à facção rival, o CV (Comando Vermelho).

O julgamento dos 10 réus ocorre no Tribunal do Júri da Capital, presidido pelo juiz Carlos Alberto Garcete, e conta com forte esquema de segurança por envolver facções criminosas. Policiais estão na entrada do Fórum e também há militares dentro da sala de julgamento. Os dois plenários são utilizados nesta segunda-feira, sendo um deles onde estão os réus.

O crime ocorreu em Sonora, a 364 quilômetros de Campo Grande, em 31 de maio de 2018. Lailla Cristina era garota de programa e estava mantendo contato, conforme a denúncia, com integrantes do Comando Vermelho. Ela foi sequestrada e decapitada, com os braços amarrados para trás em um canavial próximo do Rio Confusão. O corpo foi localizado no dia 1º de junho.

Lailla ficou desaparecida por dois dias e foi vítima do “tribunal do crime”. (Foto: Edição MS)
Lailla ficou desaparecida por dois dias e foi vítima do “tribunal do crime”. (Foto: Edição MS)

Rodrigo França Alexandro Silva dos Santos, Uanderson Ferreira Ananias, Gelson da Silva, Odimar dos Santos, Victor Hugo Lopes da Cruz, Vitória Valdina Souza da Silva, João Paulo da Silva, Maycon Douglas Almeida Gonçalves da Silva e Matheus do Nascimento Silva são julgados hoje. Presos, os envolvidos confessaram o crime.

No caso da ré Vitória, o advogado estava doente e não pôde comparecer. Ela não será ouvida no julgamento de hoje. Ele pode pagar multa de R$ 12 mil, caso o atestado não seja anexado em 24 horas nos autos.

Segundo a denúncia do MPE, a ordem para a execução partiu do "Geral do Estado", Gelson da Silva, que estava preso em Campo Grande na época dos fatos. Os envolvidos revelaram que após ser julgada, Lailla foi amarrada com as mãos para trás e um dos adolescentes começou a desferir diversos golpes de facão na região do pescoço.

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