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Capital

Justiça derruba liminar para ampliar leitos de urgência em Campo Grande

Desembargadora atendeu a recurso do governo de Mato Grosso do Sul

Por Aline dos Santos | 28/01/2024 11:33
Hospital Universitário fica localizado na UFMS, em Campo Grande. (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)
Hospital Universitário fica localizado na UFMS, em Campo Grande. (Foto: Kísie Ainoã/Arquivo)

O TRF 3 (Tribunal Regional Federal da 3ª Região) derrubou liminar que obrigava o governo do Estado e a Prefeitura de Campo Grande a ampliarem os leitos da rede de urgência e emergência do SUS (Sistema Único de Saúde). A decisão ainda permitia desabilitar o HU (Hospital Universitário) da função de “porta de entrada” para essas modalidades de atendimento, diante de superlotação.

A liminar foi concedida em dezembro do ano passado pela Justiça Federal de Campo Grande, após ação do MPF (Ministério Público Federal). Contudo, no último dia 10 de janeiro, a desembargadora federal Giselle França recebeu o recurso do governo, por meio da PGE (Procuradoria-Geral do Estado), e suspendeu a decisão.

Segundo a desembargadora, a situação não é nova, mas tem recebido encaminhamento pelo poder público. A decisão menciona que ao longo das tratativas veio a pandemia de coronavírus, o que demandou completa reorganização das atividades.

Na sequência, a desembargadora cita que convênio em 2023 prorrogou a manutenção do Hospital Universitário na RUE (Rede de Atenção às Urgências e Emergências). A informação é de que a validade era até 30 de julho do ano passado.

“Isso tudo considerado, parece ser prematuro o deferimento de tutela, antes mesmo da apresentação de resposta pelas partes”, afirma a desembargadora.

Conforme o recurso do governo, são cinco as fases de operacionalização de uma rede de urgências e emergências: adesão e diagnóstico;  desenho regional da rede; contratualização dos pontos de atenção; qualificação dos componentes; e  certificação pelo Ministério da Saúde.

Contudo, sustenta que as medidas a serem adotadas pelo Estado apenas poderão ser individualizadas após elaboração do plano de ações pelo município.

Segundo o MPF, a ação é fruto de denúncias feitas pela superintendência do HU, relatando que a superlotação no hospital vem atingindo “uma situação nunca antes vista em mais de 46 anos”.

O hospital informou também que o expressivo aumento do número de afastamentos entre os colaboradores vem prejudicando a gestão de escalas, sendo necessário o fechamento de leitos de internação para remanejamento de profissionais.

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