Laudo atesta que agente penitenciário foi agredido quando matou pedreiro
O inquérito policial foi concluído e comprovou a versão apresentado pelo autor do disparo
Laudos solicitados pela Polícia Civil comprovaram que o agente penitenciário Joseilton de Souza Cardoso, de 34 anos, foi agredido quando matou a tiros o pedreiro Adílson Silva Ferreira dos Santos, de 23 anos, durante um show sertanejo no estacionamento do Shopping Bosque dos Ipês. Segundo a polícia, o inquérito do caso foi concluído e comprovou a versão apresentada pelo suspeito.
O laudo foi anexado ao processo nesta quinta-feira (9), assim como os exame necroscópico e a perícia realizada no local do crime, dia 24 de setembro. Segundo o médico-legista que examinou Cardoso no dia de sua prisão “o examinado apresentava lesão corporal traumática de natureza leve” de época compatível ao momento do homicídio.
Cardoso apresentava ferimentos múltiplos, superficiais e hematomas, no supercílio, nariz, boca, joelhos e tórax. Os laudos ainda comprovaram que Adílson foi atingido por apenas um tiro de calibre .40 no peito, disparado da arma apreendida com a agente penitenciário. O projétil ficou alojada na costela esquerda do pedreiro, que morreu de choque hemorrágico.
De acordo com o delegado Paulo Henrique Sá, da 3ª Delegacia de Polícia Civil, o inquérito sobre o caso já foi encerrado e comprovou a versão apresentada por Cardoso.
Em depoimento, o agente penitenciário alegou que estava na fila do banheiro quando a vítima, juntamente com os primos, furou a fila. A atitude gerou uma briga e Cardoso afirmou à polícia que foi agredido por quatro pessoas, ele então sacou a arma, anunciou que era agente federal e pediu para os autores se afastarem, mas foi novamente agredido por Adílson.
Para o delegado que atendeu o caso, o agente justificou o disparo como "ato de memória muscular", uma reação automática devido aos treinamentos realizados na academia para reprimir agressões. Cardoso foi preso em flagrante, mas foi solto 16 dias depois e agora responde o processo em liberdade.